Na leitura dos conceitos definidos por vários autores, vê-se que não há uma unanimidade sobre o que se deve entender por controle interno.
De acordo com Ferreira (2004, p. 38) o controle “[...] representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução dos negócios da empresa”.
Migliavacca (2007, p.17) apresenta uma brilhante definição para controle interno:
Controle interno define-se como o planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e o suporte dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a aderência às políticas definidas pela direção.
Pela sua extensão, o conceito de controle interno, para ser perfeitamente entendido, deve ser devidamente analisado quanto ao seu real significado, com base na sua utilização.
O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado de métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. (CATELLI, 2007, p. 32)
Pela definição apresentada por Catelli (2007) pode-se observar a extensão de seu significado que inclui uma série de procedimentos bem definidos que, conjugados de forma adequada, garantem a fluidez e a organização necessárias à obtenção de algo mensurável.
O controle tem relevância e significado apenas quando é idealizado para garantir a execução de um objetivo definido, quer seja gerencial ou administrativo. Desse modo, o controle não é algo sem forma ou sem face, mas um dado físico que avalia uma função, podendo-se verificar sua adequação. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2005)
O controle interno é a ferramenta que a administração tem para evitar erros involuntários, ou até mesmo para ser utilizado na prevenção de fraudes. A sua implantação serve para avalizar a integridade das informações nas empresas.
Compreende-se que a contabilidade tenha fundamental importância neste processo uma vez que a mesma, juntamente com os controles internos, se complementam. O controle interno responde pelo acompanhamento dos fatos, enquanto a contabilidade refere-se ao registro das operações.
Attiê (2000) através da afirmação a seguir, demonstra a relevância do controle interno para a confiabilidade das demonstrações contábeis:
A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é hoje unanimemente reconhecida, um sistema de contabilidade que não esteja apoiado em um controle interno eficiente é, até certo ponto, inútil, uma vez que não é possível confiar nas informações contidas em seus relatórios. Informações contábeis distorcidas podem levar a conclusões erradas e danosas para a empresa. (ATTIÊ, 2000, p. 114)
Com isso, fica demonstrada a preocupação com a aplicação de controles que sejam confiáveis aos interessados pelas informações, como por exemplo, futuros investidores ou acionistas.
O controle interno abrange todos os setores de uma organização. Para que o processo de controle seja eficaz é imperativo que todos os membros da empresa estejam envolvidos, pois sem observar esse fato, os envolvidos podem resistir aos controles, tratando-os como desnecessários, irrelevantes ou restritivos.
Diante das análises, considera-se que controle é um meio de se obter e utilizar a informação para coordenar os planos e nortear a ação dos gestores.
Fonte: Dailton Rodrigues de Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário