quinta-feira, 30 de maio de 2013

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS (Parte 3)


EMPREENDIMENTO CONTROLADO EM CONJUNTO (Joint Venture): Acordo contratual por meio do qual duas ou mais partes empreendem uma atividade econômica que está sujeita ao controle conjunto. Empreendimentos conjuntos podem assumir a forma de operações controladas conjuntamente, ativos controlados conjuntamente ou entidades controladas conjuntamente.

EMPRÉSTIMO A PAGAR: Passivos financeiros que não obrigações comerciais de curto prazo a pagar em condições de crédito normais.

ENTIDADE GOVERNAMENTAL: Entidade do governo federal, estadual ou municipal, agências governamentais e órgãos semelhantes, sejam locais, nacionais ou internacionais.

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE: Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido.

EQUIVALENTE DE CAIXA: Investimentos de curto prazo, altamente líquidos, que são prontamente conversíveis em dinheiro, e que estão sujeitos a risco insignificante de alterações no seu valor até sua efetiva conversão em caixa.

ESTOQUES: Representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias.

EXAUSTÃO: É o esgotamento dos recursos naturais não renováveis, em virtude de sua utilização para fins econômicos, registrados no ativo permanente. 

EXERCÍCIO SOCIAL: É o espaço de tempo (12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode coincidir, ou não, com o ano-calendário, de acordo como que dispuser o estatuto ou o contrato social. Perante a legislação do imposto de renda, é chamado de período-base (mensal ou anual) de apuração da base de cálculo do imposto devido.

EXIGÍVEL À LONGO PRAZO: Até 04.12.2008, classificavam-se como exigibilidades com vencimento após o encerramento do exercício subseqüente. A partir desta data, tais exigibilidades são denominadas "Passivo Não Circulante", no entanto, tal nomenclatura ainda é utilizada para fins de análise dos demonstrativos contábeis.

FATOS ADMINISTRATIVOS: São os que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado. Por essa razão, também são denominados fatos contábeis.

FATOS MISTOS OU COMPOSTOS: São os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, logo podem ser aumentativos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos aumentativos), ou diminutivos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos).

FATOS MODIFICATIVOS: São os que provocam alterações no valor do patrimônio líquido (PL) ou situação líquida (SL), podem ser aumentativos (quando provocam acréscimos no valor do patrimônio líquido) ou diminutivos (quando provocam reduções no valor do patrimônio líquido).

FATOS PERMUTATIVOS: São os que não provocam alterações no valor do patrimônio líquido (PL) ou situação líquida (SL), mas podem modificar a composição dos demais elementos patrimoniais.

FLUXOS DE CAIXA: Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.

FUNÇÕES DA CONTABILIDADE: Registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.

GANHOS: Aumentos em benefícios econômicos e, como tais, não são diferentes em sua natureza das receitas.

GRUPO ECONÔMICO: Controladora e todas as suas controladas.

IMOBILIZADO: Bens e direitos destinados às atividades da empresa; terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, obras em andamento para uso próprio, etc.

INSTRUMENTO FINANCEIRO: Contrato que origina um ativo financeiro de uma entidade e um passivo financeiro ou instrumento patrimonial de outra entidade.

INSTRUMENTO FINANCEIRO COMPOSTO: Instrumento financeiro que, do ponto de vista do emissor, inclui um componente de dívida e um componente patrimonial.

INSTRUMENTO FINANCEIRO NEGOCIADO EM MERCADO ORGANIZADO: Instrumentos negociados, ou em processo de emissão para negociação em mercado de ações (em bolsa de valores nacional ou estrangeira ou em mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais).

INVESTIMENTOS: Recursos aplicados em participações em outras sociedades e em direitos de qualquer natureza que não se destinam à manutenção da atividade da empresa. O conceito principal é que a empresa não deve usar os bens nas suas atividades rotineiras; ações, patentes, obras de arte, imóveis destinados ao arrendamento, imóveis não utilizados.

ITENS MONETÁRIOS: Unidades monetárias disponíveis e ativos e passivos a serem recebidos ou pagos em valor fixo ou determinável de unidades monetárias.

LICENÇA REMUNERADA ACUMULÁVEL: Ausências remuneradas que serão compensadas em períodos futuros, quando não totalmente compensadas no período corrente (como férias).

LUCRO TRIBUTÁVEL (Prejuízo Fiscal): O lucro (prejuízo) para um período de declaração sobre o qual tributos sobre o lucro são pagáveis ou recuperáveis, determinados de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributárias. Lucro tributável é igual à receita tributável menos quantias dedutíveis da receita tributável.

LUCROS ACUMULADOS: Resultado positivo acumulado da entidade. Enquanto não distribuídos ou capitalizados, consideram-se como reservas de lucros.

MATERIALIDADE: Omissões ou declarações inexatas de itens são materiais se elas puderem, individual ou coletivamente, influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade depende do tamanho e da natureza da omissão ou imprecisão julgada nas circunstâncias que a envolvem. O tamanho e natureza do item, ou a combinação de ambos, poderia ser o fator determinante.

MENSURAÇÃO: Processo de determinação de quantias monetárias com que os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial, na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente.

MÉTODA DA TAXA EFETIVA DE JUROS: Método de cálculo do custo amortizado de ativo ou passivo financeiro (ou grupo de ativos ou passivos financeiros) e de alocação da receita ou da despesa de juros sobre o período pertinente (método do juro composto).

MÉTODO DE CRÉDITO UNITÁRIO PROJETADO: Método de avaliação atuarial que percebe cada período como originando uma unidade adicional de direito ao benefício e mede cada unidade separadamente para constituir a obrigação final (o que algumas vezes é chamado de método de benefício acumulado proporcional ao tempo de serviço ou como método de anos/benefício de serviço).

MOEDA DE APRESENTAÇÃO: Moeda em que as demonstrações contábeis são apresentadas.

MOEDA FUNCIONAL: Moeda do ambiente econômico principal em que a entidade opera.

MUDANÇA DE ESTIMATIVA CONTÁBIL: Ajuste do valor contábil de ativo ou passivo, ou a quantia da baixa periódica de ativo, que resulte da estimativa da situação de ativos e passivos, bem como de benefícios futuros esperados e obrigações a eles relacionadas. Mudanças nas estimativas contábeis resultam de novas informações ou novos desdobramentos e, por isso, não são correção de erros.

NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE: Normas e Interpretações adotadas pela Junta Internacional de Normas Contábeis (IASB). Tais normas englobam as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e as Interpretações desenvolvidas pelo Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRIC) ou pelo antigo Comitê Permanente de Interpretações (SIC).

NOTA PROMISSÓRIA: Título de dívida líquida e certa pelo qual a pessoa se compromete a pagar a outra uma certa quantia em dinheiro num determinado prazo. Por se tratar de título emitido pelo devedor a favor do credor, dispensa a formalidade do aceite.

NOTAS EXPLICATIVAS (NE): Visam fornecer as informações necessárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar futuramente tal situação patrimonial, ou ainda, poderá estar relacionada a qualquer outra das Demonstrações Financeiras. As notas explicativas contêm informações além daquelas apresentadas no balanço patrimonial, na demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado, nas demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados e do valor adicionado (se apresentadas), na demonstração das mutações do patrimônio líquido e na demonstração dos fluxos de caixa; oferecendo descrições narrativas ou composição de valores apresentados nessas demonstrações e informações sobre itens que não se qualificam para o reconhecimento nessas demonstrações.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS (Parte 2)


CAIXA: Dinheiro em caixa e depósitos à vista.

CAPITAL DE TERCEIROS: Representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível.

CAPITAL PRÓPRIO: São os recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais. Corresponde ao patrimônio líquido.

CAPITAL SOCIAL: É o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.

CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA: Corresponde à soma do capital próprio com o capital de terceiros. É também igual ao total do ativo da entidade.

CLASSE DE ATIVOS:Grupo de ativos de natureza e uso similares nas operações da entidade.

COLIGADA: Entidade, incluindo aquela não constituída na forma de sociedade, sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não é nem controlada nem participação em empreendimento controlado em conjunto (joint venture).

COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS: União de entidades ou negócios separados produzindo demonstrações contábeis de uma única entidade que reporta.Operação ou outro evento por meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independentemente da forma jurídica da operação.

COMPONENTE DE ENTIDADE: Operações e fluxos de caixa que podem ser claramente distinguidos, operacionalmente e para fins de demonstrações contábeis, das demais operações da entidade.

COMPREENSIBILIDADE: A qualidade da informação de modo a torná-la compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e atividades econômicas, bem como de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência.

CONTABILIDADE: É a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

CONTABILIDADE CIVIL: É exercida pelas pessoas que não têm como objetivo final o lucro, mas sim o instituto da sobrevivência ou bem-estar social.

CONTABILIDADE PRIVADA: Ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da representação gráfica de seus patrimônios, dividindo-se em civil e comercial.

CONTABILIDADE PÚBLICA: Ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus patrimônios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar os seus objetivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência em federal, estadual, municipal e autarquias.

CONTAS DE RESULTADO: Registram as receitas e despesas, permitindo demonstrar o resultado do exercício.

CONTAS PATRIMONIAIS: Representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida).

CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO: São contas redutoras classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o sinal (-).

CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO: Contrato por meio do qual o governo ou outro órgão do setor público contrata com operadora privada para desenvolver (ou aprimorar), operar e manter os ativos de infraestrutura do concedente, tais como ruas, pontes, túneis, aeroportos, empresas de geração, transmissão ou distribuição de energia, prisões, hospitais, etc.

CONTRATO DE CONSTRUÇÃO: Contrato especificamente negociado para a construção de ativo ou de combinação de ativos que estejam intimamente interrelacionados ou interdependentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou utilização.

CONTRATO DE SEGURO: Contrato pelo qual uma parte (segurador) aceita um risco de seguro significativo de outra parte (segurado), aceitando indenizar o segurado no caso de evento específico, futuro e incerto (evento segurado) afetar adversamente o segurado.

CONTRATO ONEROSO: Contrato em que os custos inevitáveis de atender às obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se espera receber com ele.

CONTROLADA: Entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal como uma associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora).

CONTROLADORA: Entidade que possui uma ou mais controladas.

CONTROLE CONJUNTO (Joint Venture): Controle compartilhado ajustado em contrato sobre uma atividade econômica. Ele existe apenas quando as decisões financeiras e operacionais estratégicas relacionadas à atividade exigem o consentimento unânime das partes que partilham do controle (empreendedores).

CONTROLE (De Entidade): Poder de governar as políticas operacionais e financeiras da entidade de modo a obter benefícios de suas atividades.

CUSTO AMORTIZADO DE ATIVO FINANCEIRO OU PASSIVO FINANCEIRO: Montante pelo qual o ativo financeiro ou o passivo financeiro é mensurado pelo valor de seu reconhecimento inicial, mais os juros acumulados com base no método da taxa efetiva de juros, menos as amortizações de principal, menos qualquer redução (direta ou por meio de conta de retificação) por ajuste ao valor recuperável ou impossibilidade de recebimento.

CUSTO ATRIBUÍDO (Deemed Cost): O valor justo remensurado de ativo na data da transição para as normas internacionais de contabilidade prevista na NBC TG 1.000 que trata da Contabilidade para Pequenas ou Médias Empresas.

CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS: Juros e outros custos incorridos pela entidade com empréstimo de recursos.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC): Relaciona o conjunto de ingressos e desembolsos financeiros de empresa em determinado período. Procura-se analisar todo deslocamento de cada unidade monetária dentro da empresa.

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA): Tem por objetivo demonstrar a movimentação da conta de lucros ou prejuízos acumulados, ainda não distribuídos aos sócios titular ou aos acionistas, revelando os eventos que influenciaram a modificação do seu saldo. Essa demonstração deve, também revelar o dividendo por ação do capital realizado.

DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL): Fornece a movimentação ocorrida durante os exercícios nas contas componentes do Patrimônio Líquido, faz clara indicação do fluxo de uma conta para outra além de indicar a origem de cada acréscimo ou diminuição no PL.

DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR): Tem por objetivo a demonstração contábil destinada a evidenciar num determinado período  as modificações que originaram as variações no capital circulante líquido da Entidade. E apresentar informações relacionadas a financiamentos (origens de recursos) e investimentos (aplicações de recursos) da empresa durante o exercício, onde, estes recursos são os que afetam o capital circulante líquido (CCL) da empresa.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE: Demonstração que começa com lucro ou prejuízo do período e a seguir mostra os itens de outros resultados abrangentes do período.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE): Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA): Evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (OU FINANCEIRAS): Representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMBINADAS: Demonstrações contábeis de duas ou mais entidades controladas por um único investidor.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS: Demonstrações contábeis da controladora e suas controladas apresentadas como se fossem uma única entidade.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INTERMEDIÁRIAS: Demonstração contábil que contém um conjunto completo de demonstrações contábeis ou um conjunto de demonstrações contábeis condensadas para um período intermediário.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA FINS GERAIS: Demonstrações contábeis direcionadas às necessidades gerais de informação financeira de vasta gama de usuários que não estão em posição de exigir demonstrações feitas sob medida para atender suas necessidades particulares de informação.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEPARADAS: Aquelas apresentadas por uma controladora, um investidor em um sócio com investimento em entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base na participação societária direta ao invés de se basear nos resultados declarados e nos ativos líquidos contábeis das entidades investidas.

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA: Representa o desgaste de bens físicos registrados no ativo permanente, pelo uso, por causas naturais ou por obsolescência.

DESEMPENHO: Relação das receitas e das despesas da entidade na forma em que estão divulgadas na demonstração do resultado e do resultado abrangente.

DESPESAS: São gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As despesas podem diminuir o ativo e/ou aumentar o passivo exigível, mas sempre provocam diminuições na situação líquida.

DESPESAS ANTECIPADAS: Compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

DESPESAS TRIBUTÁRIAS: Valor total incluído na demonstração do resultado para o período contábil referente aos tributos sobre o lucro corrente e diferido.

DESRECONHECIMENTO: Retirada (baixa na maior parte das vezes) de ativo ou passivo reconhecido anteriormente do balanço patrimonial da entidade.

DIFERENÇAS TEMPORAIS: Diferenças entre o valor contábil de ativo, passivo ou outro item nas demonstrações contábeis e sua base de cálculo fiscal que a entidade espera que vá afetar o lucro tributável quando o valor contábil do ativo ou passivo for recuperado ou liquidado (ou, no caso de itens que não sejam ativos ou passivos, que afetarão o lucro tributável no futuro).

DIREITO DE AQUISIÇÃO: Na transação de pagamento baseado em ações, o direito da contraparte de receber dinheiro, outros ativos ou instrumentos patrimoniais da entidade quando o direito da contraparte não for mais condicionado à satisfação de quaisquer condições de aquisição.

DIREITOS: Valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse de terceiros.

DISPONÍVEL: Composto pelas disponibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto.

DUPLICATA: Título de crédito cuja quitação prova o pagamento de obrigação oriunda de compra de mercadorias ou de recebimentos de serviços. É emitida pelo credor (vendedor da mercadoria) contra o devedor (comprador), pelo qual se deve ser remitida a este último para que a assine (ACEITE), reconhecendo seu débito. Este procedimento é denominado aceite.

terça-feira, 28 de maio de 2013

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS (Parte 1)


AÇÕES (OU QUOTAS) EM TESOURARIA: Instrumentos patrimoniais (de capital), como ações ou quotas, da própria entidade, possuídos pela entidade ou outros membros do grupo consolidado.

ADOÇÃO INICIAL DA CONTABILIDADE PARA PMEs: Situação em que a entidade apresenta, pela primeira vez, suas demonstrações contábeis anuais de acordo com a NBC TG 1.000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, independentemente de ter sido o seu arcabouço contábil anterior o IFRS completo ou outra prática contábil.

ÁGIO POR EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA (fundo de comércio ou goodwill): Benefícios econômicos futuros decorrentes de ativos que não são passíveis de serem individualmente identificados nem separadamente reconhecidos.  O goodwill é composto por bens intangíveis que valorizam a empresa e o negócio; tais como o bom relacionamento com os clientes, moral elevado dos empregados, bom conceito nos meios empresariais, boa localização, etc.

AMORTIZAÇÃO: Representa a conta que registra a diminuição do valor dos bens intangíveis registrados no ativo permanente, é a perda de valor de capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros, com existência ou exercício de duração limitada.

ARRENDAMENTO MERCANTIL: Acordo por meio do qual o arrendador transfere ao arrendatário, em troca de pagamento, ou série de pagamentos, o direito de uso de determinado ativo por um período de tempo acordado entre as partes. Também conhecido como leasing.

ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO: Arrendamento que transfere substancialmente todos os riscos e benefícios vinculados à posse do ativo. O título de propriedade pode ou não ser futuramente transferido. Contabilmente esta operação caracteriza um financimanto onde o bem deve, inclusive, ser ativado.

ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL: Arrendamento que não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do ativo. É a operação de leasing propriamente dita, onde se realiza um simples aluguel do bem.

ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO: Atividade que resulta em alterações no tamanho e na composição do patrimônio integralizado e dos empréstimos da entidade. São os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.

ATIVIDADE DE INVESTIMENTO: Aquisição e alienação de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. São os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.

ATIVIDADE OPERACIONAL: As principais atividades geradoras de receita da entidade e de outras atividades que não sejam atividades de investimento ou de financiamento. São explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação direta com o capital circulante líquido da empresa.

ATIVO: São todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo têm saldos devedores, à exceção das contas retificadoras (como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao valor de mercado).

ATIVO CIRCULANTE: Dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja realizável a curto prazo, (duplicatas, estoques de mercadorias produzidas, etc); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

ATIVO CONTINGENTE: Ativo possível, que resulta de acontecimentos passados e cuja realização será confirmada apenas pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não totalmente sob controle da entidade.

ATIVO DIFERIDO: Subgrupo de contas de despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuiriam, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional.

ATIVO FINANCEIRO: Qualquer ativo que seja dinheiro, instrumento patrimonial de outra entidade, direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou contrato que será ou que poderá vir a ser liquidado pelos instrumentos patrimoniais (como ações) da própria entidade.

ATIVO FISCAL DIFERIDO: Tributo recuperável em períodos futuros, referente a diferenças temporárias, compensação de prejuízos fiscais não utilizados e compensação de créditos fiscais não utilizados.

ATIVO IMOBILIZADO: Ativos tangíveis que são disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos e espera-se que sejam usados por mais de um período contábil.

ATIVO INTANGÍVEL: Ativo identificável não monetário sem substância física. Tal ativo é identificável quando é separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, tanto individualmente ou junto com contrato, ativo ou passivo relacionados; ou ainda origina direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de esses direitos serem transferidos ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

ATIVO PERMANENTE: Grupo de contas que englobavam recursos aplicados em todos os bens ou direitos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Permanente era composto de subgrupos: Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. A partir de 04.12.2008 tal terminologia foi extinta pela MP 449/2008, passando a integrar o Ativo Não Circulante.

ATIVO NÃO CIRCULANTE: São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos:

Ativo Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível

BALANÇO: É um quadro (mapa, gráfico, etc.) onde é demonstrada a situação econômica/ financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas não demonstra o seu resultado, apenas o apresenta em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado "demonstração de resultados". O balanço é composto por duas partes, que se encontram sempre em equilíbrio.O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido.

BALANÇO PATRIMONIAL: É a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Demonstração que apresenta a relação de ativos, passivos e patrimônio líquido de uma entidade em data específica.

BASE FISCAL: A mensuração, conforme lei fiscal aplicável, de ativo, passivo ou instrumento patrimonial.

BENEFÍCIO A EMPREGADO:Todas as formas de retribuição dada pela entidade em troca dos serviços prestados pelo empregado. 

BENEFÍCIO POR DESLIGAMENTO: Benefício a título de indenização por encerramento do contrato com empregados em virtude de decisão de a entidade terminar o vínculo empregatício do empregado antes da data normal de aposentadoria ou decisão do empregado de aderir a demissão voluntária em troca desse benefício.

BENS: Tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas.

BENS DE CONSUMO: São bens não duráveis ou que são gastos ou consumidos no processo produtivo - depois de consumidos, representam despesas, tais como: combustíveis e lubrificantes, material de escritório, material de limpeza, etc.

BENS DE RENDA: Não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados à renda ou aluguel). 

BENSFIXOS OU IMOBILIZADOS: Representam os bens duráveis, com vida útil superior a 1 ano, como imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios. 

BENS INTANGÍVEIS: Não possuem existência física, porém, representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos sociais, como marcas e patentes, fórmulas ou processos de fabricação, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto comercial e fundo de comércio.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Exigências Fiscais Sobrecarregam Contabilistas


Nos últimos anos, a Receita Federal do Brasil e as Fazendas Estaduais e Municipais vem sobrecarregando o contribuinte empresarial e corporativo, exigindo novas e complexas declarações fiscais, como a DACON, o IOMOV, Escrituração Fiscal Digital, DIMOF, FCONT, Escrituração Contábil Digital, EFD Contribuições, etc.

Este excesso de informações, cruzamentos e detalhamentos tem sido delegado, na sua execução, quase integralmente, aos profissionais de contabilidade e escritórios contábeis. Poderíamos afirmar: hoje os quase 500.000 contabilistas existentes no Brasil estão focados no trabalho de atender os entes públicos fiscalizadores!

Estimo que mais de 80% do tempo útil de um contabilista que esteja no setor privado é destinado a execução de tarefas fiscais, o que evidencia o absurdo que estamos chegando no Brasil: a contabilidade a serviço do fisco, e não das organizações que contrataram seus serviços!

O fisco nada paga aos contabilistas, apenas exige. Infelizmente, não há previsão de reversão desta situação, a curto prazo. O Estado brasileiro está engolindo a classe contábil, distorcendo nossas tarefas e qualificações, e devorando nosso tempo com tarefas que beiram à escravidão, pois as multas aplicadas por falta de declarações fiscais são significativas. Ou seja: entre a tarefa de entregar uma declaração e outra de preparar um demonstrativo gerencial para o cliente, a prioridade é sempre a primeira…

Somente com a união, a pressão dos contabilistas, a participação política e movimento ativo é que nós, contabilistas, conseguiremos reverter este quadro. Sugerimos uma mobilização via twitter, facebook e outras redes sociais, levando e discutindo o assunto primeiramente entre nós, para, em seguida, mobilizar sindicatos e federações no sentido de exigir dos futuros candidatos à presidência da República compromisso público de maior respeito ao nosso tempo, maior dignidade no tratamento do fisco para com nossa profissão e maior participação dos contabilistas nas decisões relevantes do dia-a-dia que nos afetam.

Fonte: Guia Contabil

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Empresários: confira os cuidados necessários para entregar a DIPJ 2013


Empresas optantes pelo lucro real, presumido ou ambos precisam entregar até 28 de junho a DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) 2013 relativa ao ano-calendário 2012.

A pessoa jurídica que não apresentar a declaração no prazo estipulado ou que elas estejam com incorreções ou omissões de dados estarão sujeitas à multa, valor que pode chegar a 20% sobre o montante do IRPJ informado na DIPJ 2013.

Segundo o professor dos Cursos Contmatic, Paulo Henrique Vaz da Silva, os empresários devem estar atentos para não acabar recebendo uma solicitação de esclarecimentos da Receita Federal por inconsistência nas informações declaradas.

“Hoje, a Receita utiliza um supercomputador de cruzamento de dados, chamado de T-Rex, um poderoso aliado conta a sonegação fiscal”, disse Paulo Henrique. “Muitos empresários cometem erros banais, como o preenchimento incompatível de alguns dados. Se você informou uma receita e, em outro campo, colocou a mesma informação com um número incompatível ao já declarado, poderá haver diligência fiscal para a Receita”.

Cuidados na hora da declaração

Para isso não acontecer, o professor alerta sobre a necessidade dos controles das informações. “A PJ precisa manter as informações prestadas ao fisco entregues nos prazos. Fazer uma revisão das informações constadas na DIPJ também é importante para diminuir as chances dos erros”.

Paulo Henrique também afirma que o empresário deve manter a escrituração contábil em dia e evitar operações financeiras que não transitam na contabilidade da empresa. “No Brasil, não basta pagar os impostos, é preciso comprová-los para o governo. Por isso, é importante reforçar que todos os comprovantes de pagamentos devem ser guardados por, no mínimo, cinco anos”.

Como declarar

Para declarar, as empresas devem entrar no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e fazer o download do programa DIPJ 2013, que está disponível. O prazo final é em 28 de junho. Para a transmissão da DIPJ, é obrigatória a assinatura digital da declaração, por meio do uso de certificado digital válido.

Fonte: Folha Web

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ontem e hoje: o que mudou nas profissões


Tudo muda o tempo todo no mundo”, diria Lulu Santos em um dos seus devaneios. Nas profissões, a sentença não é diferente. Faça o teste, se você tem mais de dez anos no mercado. As ferramentas que você usa hoje são as mesmas que você usava uma década atrás? E a forma de lidar com seus fornecedores, parceiros e sua própria empresa. Está tudo igual?

Para a publicitária Rosângela Rosa, não e não. As mudanças estruturais são as mais visíveis, segundo ela. Os fortes entenderão: lutar para gravar alguma coisa em um disquete e rezar para que ele abra em outro computador dá uma boa ideia da ansiedade que era transferir um arquivo importante de um lugar para o outro alguns anos atrás.

“Há dez anos, uma solicitação de orçamento, uma autorização, eram enviados pelo fax. Hoje, ninguém mais tem o aparelho. Ficou obsoleto. Tudo gira em torno da internet. Fazemos contratação de serviços, orçamento, solicitações, tudo on-line. O arquivo para produzir um material, que há uma década não poderia ser enviado por e-mail por ser muito grande, mandávamos por disquete ou CD. Hoje podemos armazená-los na internet e eles podem ser acessados de qualquer lugar”.

Rosângela tem 46 anos e formou-se publicitária há dez anos. Na agência em que trabalha há 13 anos o ambiente é jovem, antenado. Na empresa ela divide espaço, por exemplo, com Antônio Patrício, que tem apenas 19 anos. Mas Rosângela não fica para trás.

“Fiz cursos na área de produção gráfica. Pena que aqui no Estado não há muitos cursos voltados para essa área, como há para marketing e novas mídias. Mas tento me manter sempre informada sobre minha área”.

Essa proatividade é uma característica importante para se manter no mercado, avalia a psicóloga e recrutadora Martha Zouain, da Psico Store. “A abertura para o novo é uma condição para sobreviver no mercado. Vi um caso, há alguns dias, de um profissional que saiu da empresa porque queria fazer o controle de custos à mão e se recusava a usar o Excel. Tive que adverti-lo que ele estaria fora do mercado se não desenvolvesse essa habilidade. Não é possível mais negar a importância dessas ferramentas e driblar a dificuldade de lidar com as novas ferramentas é impositivo para sobreviver na carreira. O mercado não vai se adequar nunca ao profissional”.

E muitos profissionais estão se adequando. No fim, levam vantagem sobre os recém-formados. “Profissionais experientes sabem resolver situações conflituosas de forma mais amadurecida. Esse é um ponto positivo. Ele tem sim mais dificuldade na operacionalização dos sistemas tecnológicos, mas percebemos também que eles estão em busca de informações para uso desses novos meios”, explica Carine Cardoso, da Psico Espaço.

As mudanças nas profissões e nos profissionais vão mesmo além da parte técnica, avalia Martha. Tanto que nos cursos de gestão há profissionais das mais diversas áreas, desde os mais experientes aos mais jovens. “Há do engenheiro ao profissional de TI. São pessoas formadas na área racional, técnica, que agora querem aprender a lidar com os relacionamentos, fundamentais em qualquer empresa”.

Elas mudaram
Acreditar e ser proativo a essas mudanças é parte fundamental para construir um futuro melhor, mais prático e, porque não, mais justo. Entre os advogados, a segmentação da carreira fala mais alto. Se antes um só bacharel cobria quase todas as áreas, hoje a profissão se desdobra. Além das áreas civil, tributária, criminal e trabalhistas, mais comuns, surgem no horizonte o Direito eletrônico ou virtual, o Biodireito, Direito médico, do consumidor, desportivo, internacional, ambiental e outros tantos.

Entre os engenheiros, a mudança foi mais de postura. O ambiente empresarial busca hoje o profissional com técnica, uma obrigação, e trato com seus pares. O engenheiro centrado nos seus números e sem habilidades comportamentais perde terreno nos novos tempos.

Veja as transformações em cada área. O levantamento foi feito pelo site Exame.com.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Empresas têm até 28 de junho para entregar declaração


Depois das pessoas físicas prestarem contas à Receita Federal, chegou a vez das empresas. Esse grupo tem até o dia 28 de junho para entregar a Declaração de Informações Econômico Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) de 2013, relativa ao ano calendário de 2012. 

Em âmbito nacional a Receita ainda não divulgou a quantidade de declarações entregues em 2012 e a expectativa para 2013. 

Estão obrigadas a declarar todas as pessoas jurídicas, inclusive aquelas que foram extintas, incorporadas, cindidas, fusionadas ou incorporadas. Já as micros e pequenas empresas, que optaram pelo Simples Nacional estão isentas da obrigatoriedade, assim como órgãos e fundações públicas e pessoas jurídicas inativas. 

O atraso na apresentação da DIPJ 2013 ou a presença de dados incorretos na mesma acarretam à empresa multa de 2% ao mês-calendário ou uma fração incidente sobre o imposto informado, ainda que este tenha sido pago integralmente. O valor mínimo é de R$ 500. 

Os programas para preenchimento e envio da DIPJ 2013 podem ser baixados através do site da Receita Federal. O endereço é o www.receita.fazenda.gov.br.

Fonte: Folha Web

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A valorização do Contador


A campanha de valorização da classe contábil “2013: Ano da Contabilidade no Brasil” foi lançada no dia 18 de março, em sessão solene do Congresso Nacional, em Brasília-DF. Esta foi a primeira vez, em quase 70 anos de história da regulamentação da profissão, que o setor foi recebido em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. “O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, teve a iniciativa de conscientizar a sociedade do papel efetivo do profissional e dissipar qualquer entendimento distorcido do que de fato somos. Surgiu aí a ideia do projeto que, hoje, se tornou um grande movimento social”, afirma Luiz Fernando Nóbrega (foto), presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC- SP).

Atualmente, o setor contabilístico se destaca no País nos cenários econômico, político e social, sendo uma das cinco profissões mais demandadas no mercado de trabalho. Além disso, se posiciona como a linguagem universal dos negócios, e é também uma das maiores difusoras da responsabilidade socioambiental do mundo. Assim, precisamos compreender o papel desse profissional no âmbito do nosso desenvolvimento.

“Os objetivos da iniciativa são conscientizar a população para o desenvolvimento socioeconômico, incentivar a demanda nas instituições públicas, privadas e do terceiro setor, fortalecer a imagem como parceiro de empresários no que se refere à gestão dos negócios, aumentar o interesse pelas Ciências Contábeis, nos posicionar como formadores de opinião e o reconhecimento do que de fato agregamos, pois, somos muito mais e fazemos além do que parece. É necessário expor isso de uma maneira ampla e contundente”, ressalta Nóbrega.

Durante todo o ano, a campanha de teor publicitário vai abordar temas relevantes para a profissão em todos os meios de comunicação, televisão, rádios, Internet, inclusive nas redes sociais, jornais, revistas, além de difundir informações e notícias importantes para o conhecimento do real exercício da profissão. Outra importante atividade será a promoção de eventos sobre assuntos que envolvem tanto os profissionais da área quanto a sociedade em geral, em parceria com entidades apoiadoras do projeto.

“Não só o CRC-SP, mas as entidades congraçadas do Estado, como o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP), o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), a Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp), a Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo (Apejesp) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) estão capitaneando este movimento. Acrescenta-se a esse material de divulgação elaborado pelo CFC as ações de lançamento em casas de leis e outras atividades locais”, explica o presidente.

Nóbrega ressalta a contribuição que a classe contábil vem dando às micro e pequenas empresas (MPEs) e à formalização dos empreendedores individuais (EI), sem esquecer as optantes pelos regimes Lucro Presumido e Real. “Já regulamentamos mais de 2,7 milhões de empresários desse setor. Sem a ação direta dos contabilistas, nós não teríamos hoje essa quantidade de empreendimentos”, acrescenta.

A contabilidade assume papel importante quando se debate as tão esperadas reformas política e tributária, bem como as discussões de temas sociais. O profissional do setor possui os conhecimentos necessários para subsidiar a elaboração de normas e leis que alterem o sistema financeiro e econômico do País.

“O mercado de trabalho anda aquecidíssimo e promissor, com alta demanda de mão de obra especializada, gargalo que demonstra se tratar de uma excelente carreira com muitas oportunidades e chances de crescimento. “As empresas esperam alguém que as entendam e atendam, não apenas nas questões burocráticas. Elas querem um parceiro real na gestão dos seus negócios. Para isso, esse parceiro precisa estar atualizado, proativo, criativo e saber se comunicar sem o uso de linguagem técnica”, informa Nóbrega.

Exame de Suficiência

“O Exame de Suficiência contribui para a valorização do contabilista, tendo em vista o objetivo de comprovar conhecimentos médios consoantes aos conteúdos programáticos desenvolvidos nos cursos de bacharelado em Ciências Contábeis e de Técnico em Contabilidade, indispensáveis para o desempenho do profissional. É um instrumento de proteção à sociedade aonde o egresso só adentra a profissão se tiver um conhecimento médio do que aprendeu na graduação. Aos poucos, se tornou indiretamente um instrumento de melhoria do ensino. As instituições conseguem medir seu desempenho e procuram melhorar para ter mais alunos aprovados”, diz Nóbrega. Este ano, a primeira prova foi aplicada no dia 24 de março e teve 44.526 inscritos.

“Estudar sempre e buscar especialidades na área. Atualizar-se, sair da zona de conforto e buscar oportunidades ativamente. Nunca se contente com o que sabe e almeje sempre um patamar acima. Isso, com muita dedicação, resiliência e esforço”, finaliza o presidente do CRC-SP.

Fonte: DCI

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Profissão de contador vive bom momento no mercado


A carreira de contador vive um bom momento. Segundo entidades do setor, a maioria dos graduados é absorvida pelo mercado de trabalho imediatamente após a formatura. Aumento de investimentos estrangeiros e a adoção de regras internacionais de contabilidade estão provocando aumento na demanda por profissionais. Como consequência, os salários também estão ficando mais altos.

Divulgada na última semana, a 5ª Edição do Guia salarial da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, mostra que os salários de profissionais com cargos de gerência na área de contabilidade e finanças tiveram valorização de 15% a 20% no último ano. O piso salarial de um coordenador contábil, por exemplo, pode chegar a R$ 13 mil.

Os setores mais aquecidos com relação à demanda desses profissionais são os de bens de capital, construção civil, petróleo e gás. “O atual momento do Brasil e investimentos para Olimpíadas e Copa do Mundo fazem com que esses segmentos demandem mais profissionais”, diz a gerente de recrutamento da Robert Half, Marcela Esteves.




Segundo o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), Luiz Fernando Nóbrega, um recém-graduado com boa formação entra no mercado com remuneração de ao menos R$ 2 mil. “Vivemos um excelente momento. Surgem muitas vagas e se formam poucos profissionais. Falta mão de obra”, afirma ele. O CRC estima em 15 mil o número de contadores que se formam anualmente, mas não possui dados sobre a falta de profissionais. Oficialmente, são 500 mil registrados no Brasil, sendo 140 mil no Estado de São Paulo.

Para o coordenador do curso de graduação em ciências contábeis da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Márcio Luiz Borinelli, a boa fase pode ser explicada por um conjunto de fatores.  “Cada vez mais há investidores estrangeiros chegando ao Brasil. Nesse sentido, as empresas crescem ou mudam de configuração, sendo então obrigadas a cumprir exigências contábeis. Para isso, precisam de contadores”, diz o professor.

A estudante Viviane Rinaldi vai se formar no fim do ano, mas já foi efetivada. “O mercado está aquecido”, observa. Ela, porém, diz que esse quadro não é garantia de sucesso. “É fácil encontrar trabalho. Mas para ficar e crescer, tem de trabalhar muito. É preciso ter dedicação total, porque as leis mudam muito.”
Viviane conta que chegou a receber uma proposta por semana. Recebia convites de conhecidos, ligações de empresas, e-mails para entrevistas, além de informações de processos seletivos de grandes companhias.

Para ela, isso pode ser um canal de negociação para melhorias de salário. Na empresa onde trabalha (Viviane pediu para não identificar), se um profissional de qualidade recebe uma oferta de emprego, é muito provável que haja uma contraproposta de promoção ou aumento salarial.

Reguenild Kartnaller da Costa acaba de se formar e vivencia um cenário parecido. Mesmo enquanto era estudante, recebia diversas propostas. “Eu estava em uma empresa da indústria moveleira. Ligaram para mim de outra companhia com uma proposta e acabaram me levando. Não tive nem tempo de respirar”, afirma. Hoje, ela trabalha em uma grande companhia de aviação.

Reguenild acredita que o segredo está na dedicação. “Não é porque sai de uma faculdade, que está totalmente preparada. Tem de estudar muito”, diz. Para ela, um profissional desatualizado vai encontrar dificuldades para conseguir um emprego.

Foi buscando essa atualização que Geoge Sussumu Chinen resolveu cursar ciências contábeis. Formado em administração, ele era gerente financeiro da organização onde trabalha, mas viu a necessidade de iniciar o segundo curso ao precisar fazer diversas atividades de contador. Para ele, é importante ter contato com as áreas de atuação para depois decidir qual rumo seguir.

De acordo com Nóbrega, são várias as opções de áreas com grande crescimento. O campo de auditoria é crescente e o de perícia contábil oferece bons salários. “No terceiro setor também há oportunidades promissoras. Elas têm contabilidade bastante específica e rígida por precisarem fazer prestação de contas”, conta. Apesar disso, cerca de 30% das contratações estão nos tradicionais escritórios de contabilidade.

Desafios. O mercado brasileiro de ciências contábeis passa por grandes mudanças. Em 2005, o País aderiu às normas internacionais de contabilidade. Houve prazo de adaptação até que em 2010 as empresas tiveram de fechar suas planilhas de contabilidade dentro das novas regras.

De acordo com Borinelli, o profissional formado no Brasil ganhou mais visibilidade e pode até atuar fora do País. Apesar disso, ainda falta profissional com conhecimento das normas internacionais. “Conheço coordenadores de RH de grandes empresas que demoraram até um ano para encontrar esse tipo de profissional.”

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Entenda de uma vez por todas a sua contabilidade


Você sabe a diferença entre Simples Nacional, Lucro Presumido, Arbitrado ou Lucro Real? Se a sua resposta for não, saiba que não há do que se envergonhar. Apesar de representar um dos pontos cruciais para a gestão do negócio, são raros os empresários que conseguem escolher sem ajuda um dos modelos tributários previstos pela lei.

Tema espinhoso, a verdade é que o assunto faz parte daqueles campos praticamente intransponíveis da contabilidade - o que por si só já é motivo de careta para muitos empreendedores. No entanto, segundo especialistas em gestão tributária, é fundamental que o empreendedor compreenda as diferenças entre os modelos, os prós e contras de cada uma das quatro alternativas de apuração de impostos. Conhecer sobre o assunto faz diferença para o plano de negócios e, principalmente, para a conta bancária da empresa.

"Ao virar as costas para os modelos contábeis, o empresário comete um erro que pode lhe ser caro", afirma o advogado tributarista Miguel Silva, sócio do escritório Miguel Silva & Yamashita Advogados. "O empreendedor simplesmente pode pagar mais em impostos do que realmente precisa ou se expõe demais aos fiscais", afirma.

Outro problema apontado por Silva diz respeito aos custos operacionais de cada um dos modelos, além do impacto da decisão nas estratégias de crescimento. "O Simples é válido para empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões. É uma alternativa excelente, mas pode tolher o crescimento. O empreendedor precisa, aos poucos, ir preparando-se para migrar para outros modelos tributários", afirma o advogado Miguel Silva.

Para o especialista, a alternativa imediata ao Simples é a do Lucro Presumido, que não exige receita bruta mínima, mas um teto de faturamento, que é atualmente de R$ 48 milhões por ano. Segundo Vicente Sevilha, do escritório Sevilha Contabilidade, o modelo é indicado para empresas com margens brutas e líquidas altas. "Para o caso de margens baixas, (negócios que faturam com escala) o sistema não compensa", diz.

A opção para o seu negócio pode estar no Lucro Real, que contabiliza as receitas e abate as despesas no cálculo final. É a opção indicada para negócios com faturamento robusto - acima de R$ 48 milhões - e margens apertadas. Mas não se trata de um modelo muito utilizado. Das 4,6 milhões de empresas que constam no banco de dados da Receita Federal, apenas 3,5% (164 mil) adotam atualmente esse modelo de tributação.

A última opção, Lucro Arbitrado, é tida como uma espécie de solução imposta para empresas que não mantiveram em dia sua gestão contábil. Para Miguel Silva, porém, não é bem assim. O empresário pode optar pelo modelo, que imputa multa de 20% além do que pagaria no Lucro Presumido, se quiser por conta e risco reduzir seus custos operacionais. Ainda assim, é importante ressaltar que haverá cobrança de multa.

Fonte: O Estadão

terça-feira, 14 de maio de 2013

Veja 10 medidas a tomar neste ano para facilitar na declaração de 2014


Com o final do prazo para a entrega da declaração do Imposto de renda à Receita Federalno dia 30 de abril, o contribuinte já pode pensar em medidas a serem tomadas durante este ano para evitar dores de cabeça para declarar em 2014. 

1) Declaração pronta no sistema
A primeira facilidade é 2013 será o último ano em que os contribuintes que declaram o Imposto de renda pelo modelo simplificado precisarão preencher a declaração do IR, segundo a Receita Federal. A partir de 2014, de acordo com o Fisco, caberá ao contribuinte confirmar ou alterar os dados pré-preenchidos pelo órgão e apresentados em sua declaração anual. Dessa forma, é importante ficar atento aos prazos e já ir guardando os documentos essenciais no decorrer do ano.

2) Organize comprovantes
Guarde recibos e recolhimentos de Imposto de renda (por meio do carnê-leão). Contribuintes que fazem a declaração completa devem, ainda, ficar atentos e guardar todos os comprovantes de despesas que podem ser abatidas do IR (veja aqui). Solicite sempre os recibos e se possível guarde o número dos cheques que usar para pagamentos.

3) Compra e venda de bens
Contribuintes que em 2013 fizeram ou farão alguma operação de compra ou venda patrimonial precisam manter os documentos organizados. Na venda de um veículo, providencie uma cópia do recibo de compra e venda. Algumas operações, como a venda de imóveis, estão sujeitas à apuração e recolhimento do Imposto de renda sobre o ganho de Capital no mês seguinte ao da realização, com o preenchimento do Programa de Ganho de Capital (Gcap). A venda do único imóvel por valor inferior a R$ 440 mil está isenta de tributação, desde que não tenha sido efetuada outra venda nos últimos 5 anos. Se o valor da venda for usado na compra de outro imóvel em 180 dias, também não haverá incidência de imposto sobre o ganho, dizem especialistas (saiba mais aqui).  Quando efetuar alguma benfeitoria (reforma) em um imóvel, guarde as notas fiscais com as relativas despesas.

4) Renda de dependentes
O contribuinte deve ficar atento se algum dos dependentes passar a ter alguma renda em 2013. Ela deverá ser acrescida à renda do contribuinte para a tributação (caso o dependente seja mantido na declaração de 2014). É recomendado fazer simulações para verificar a vantagem de manter o dependente ou separar as declarações no ano que vem.

5) Doações
Pensar em fazer doações ao longo do ano pode ser uma forma de direcionar o dinheiro pago ao governo com ações que tragam benefícios à sociedade, mas valem somente para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda. Valem contribuições aos fundos controlados pelos Conselhos municipais, estaduais, Distrital e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, limitadas em 8% do imposto devido; pagamentos aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso; pagamentos de incentivo à cultura (a título de doações ou patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura); pagamentos de incentivo à atividade audiovisual; pagamentos de incentivo ao desporto (doações ou patrocínios no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte); pagamentos de Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas-PCD) e pagamentos de Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

6) Previdência privada
Faça uma prévia de sua receita tributável total. Uma Opção é investir, durante 2013, até 12% desse total em um plano de previdência privada do tipo PGBL. Isso porque, no plano, as contribuições feitas ao longo do ano podem ser abatidas do Imposto de renda (mas só até o limite de 12% da renda bruta anual tributável do investido).

7) Rendas eventuais
Registre e guarde recibos das rendas eventuais obtidas no decorrer do ano, como saque do FGTS, doações e heranças etc. Não confie na memória e guarde os comprovantes. A Receita Federal exige a identificação da origem da renda, mesmo sendo não-tributável.

8) Aplicações financeiras
Receitas de aplicações financeiras são informadas pelos bancos, mas não são todas as instituições financeiras que enviam o informe pelo correio na hora de fazer a declaração. Para ter um controle, anote onde você realizou aplicações financeiras para solicitar o informe do banco no inicio de 2014 (muitos deles disponibilizam na internet).

9) Dívidas
É aconselhável controlar o pagamento de dívidas de médio ou Longo prazo (financiamento de imóvel e de automóvel, por exemplo) durante 2013. As prestações pagas deverão ser descontadas dos valores informados na declaração anterior.

10) Contratação de contador
Para quem for contratar Serviços de profissionais de contabilidade para a declaração de 2014, pesquisa ao longo do ano um especialista com boas referências e de confiança. A qualidade do trabalho dele vai depender também da organização do contribuinte no fornecimento de todas as informações.

Fonte: G1

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lucro Real: vantagens e desvantagens


o Lucro Real, a tributação Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) – e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , se dá mediante a apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados pela legislação fiscal.

A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de apuração.

Em tese, esta é a forma de tributação mais justa, por atender à característica mais expressiva do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, que é a incidência sobre o resultado efetivo (receitas menos despesas), e não sobre um resultado teórico (como no caso do Lucro Presumido).

Porém, devido à burocracia fiscal exigida pelo Lucro Real, muitas empresas e profissionais da área tributária acabam acomodando-se a formas mais simples de apuração do imposto (Lucro Presumido ou Simples Nacional).

De fato, para uma empresa com pequeno faturamento, os custos burocráticos para os controles exigidos pelo Lucro Real tendem ser maiores que os tributos apurados (IRPJ e CSLL) . Em tese, tais empresas, quando a legislação do Imposto de Renda o admite, deveriam optar ou pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional.

Mas a grande maioria das demais empresas, mesmo as pequenas, deveriam estar atentas às possibilidades que o Lucro Real permitem ao Planejamento Tributário, já que nossa legislação não veda a escolha da forma de tributação, salvo em relação ao valor da receita bruta e/ou de determinadas atividades.

Por exemplo: empresas capitalizadas podem deduzir, na apuração do Lucro Real, os juros calculados mediante a TJPL sobre o capital próprio. A tributação destes juros (15%) é menor que a tributação do IRPJ (15 a 25%) e da CSLL (9%).

Assim, as principais vantagens para opção pelo Lucro Real, são:

1. Tributação teoricamente mais justa, sobre os resultados (e não sobre uma base faturamento, como no Lucro Presumido) ;

2. Aproveitamento de créditos do PIS e COFINS (especialmente interessante para empresas que tem menores margens de comercialização);

3. Possibilidades de utilização de dezenas de formas de planejamento tributário.

As desvantagens seriam:

1. Maior ônus burocrático, pela necessidade de controles e acompanhamentos fiscais e contábeis especiais;

2. Incidência do PIS e COFINS às alíquotas mais altas (mas permitindo os créditos estipulados na legislação).

Fonte: Dia a Dia Tributário

terça-feira, 7 de maio de 2013

Seis dicas que você precisa conhecer antes de abrir um negócio


Ser dono do próprio negócio certamente continua sendo um dos principais desejos dos brasileiros, cada vez mais empreendedores. No entanto, sobram dúvidas para quem quer abrir um negócio. O medo de que outras pessoas “roubem” a sua ideia, por exemplo, faz com que alguns empreendedores evitem conversar sobre o assunto.

Pesquisar e conversar com outras pessoas são atitudes recomendáveis para quem deseja ser dono da sua própria empresa, mas ainda não sabe qual caminho seguir, de acordo com reportagem da Revista Exame. “Esse tipo de medo de compartilhar uma ideia atrapalha. Pense rápido, monte sua empresa, erre rápido, conserte rápido e cresça”, recomenda Alessandro Saade, professor da Business School São Paulo.

Com a ajuda de Saade, Júlio Tadeu Alencar, consultor do Sebrae-SP, e Thiago de Carvalho, coordenador do Centro de Empreendedorismo (CEMP) do Insper, a Exame listou seis perguntas que uma pessoa deve fazer antes de escolher que tipo de negócio investir.

1 -  Você sabe ser dono?

Abrir um negócio exige que o pequeno empresário delegue e cobre sua equipe. Por isso, antes de escolher que tipo de negócio investir, é preciso questionar se você é melhor na área estratégica ou operacional da empresa.

Saade explica que para quem não tem essa habilidade é preferível buscar um projeto para entrar como sócio. “Se a pessoa é boa tecnicamente sobre o assunto, uma solução é se aliar a um sócio na parte que te complementa”, complementa Carvalho.

2 - Sua ideia tem mercado?

Sua ideia de negócio realmente atende uma necessidade do cliente ou simplesmente é uma solução muito genérica? Alencar explica que é preciso descobrir quem vai comprar o seu produto ou serviço e fazer uma pesquisa indicando qual é o potencial do mercado.

3 - O negócio é escalável?

Uma pequena empresa pode começar atendendo 10 clientes, mas o empresário deve questionar se consegue lidar com mil. “Ele precisa saber se é um modelo simples de ser replicado ou se há uma limitação técnica ou mesmo de mercado”, explica Saade.

4 - Quem são os meus concorrentes?

Ao pesquisar sobre as empresas atuantes no mercado que o empreendedor deseja entrar, ele poderá descobrir um nicho e uma maneira de destacar seu negócio. “Tem que ter um diferencial do mercado”, afirma Alencar.

5 - Quanto custará o planejamento?

O Capital necessário para abrir um negócio pode ser um dos muitos obstáculos que um empreendedor irá encarar. Carvalho explica que o planejamento financeiro de uma empresa Demanda também que o empresário defina o salário dos sócios, por exemplo.

6 - A família apoia a decisão?

O planejamento pessoal deve ser alinhado ao planejamento da abertura de uma empresa. “É uma discussão que tem ser feita, de como o negócio se encaixa na minha vida”, afirma Carvalho. Às vezes, o momento pode não ser oportuno e, em outras, o apoio familiar incentivará o empreendedor a levar seu plano adiante.

Fonte: Exame

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Faltam contadores para atender as demandas do IFRS


A Expansão da Economia brasileira e a necessidade de Investimentos no país têm trazido para o Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal qualificado para atender a norma contábil internacional.

O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards), que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.

"São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento: entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais", aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de "health care", hotelaria, embalagens e alimentos à procura de soluções para suas demonstrações financeiras.

O problema é que, apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes empresas e grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de pequeno porte se prepararam. Além disso, as faculdades de ciências contábeis ainda não adaptaram seus currículos, entre outras razões porque dependem de aprovação do Ministério da Educação para efetuar essas mudanças.

"As mais sérias oferecem cursos extracurriculares para tratar da IFRS e outras atualizações", diz Lopes. "Fora isso, 100% dos profissionais que deixam os bancos universitários saem despreparados para lidar com as normas internacionais."

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Receita aperta o cerco contra fraudes no imposto de renda


Encerrado o prazo de entrega da declaração do Imposto de renda da Pessoa Física (IRPF), a Receita Federal anunciou que está apertando a fiscalização contra fraudes para este grupo de contribuintes.

O subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Marcos Cândido, anunciou que 200 mil pessoas já foram selecionadas com base nas declarações de 2012 e 2013 e serão fiscalizadas a partir deste mês. Neste grupo, 21,3 mil contribuintes foram escolhidos com base na declaração deste ano. Além disso, a Receita já intimou outras 117 mil pessoas com base em indícios de fraude na declaração de 2012.

Ele explicou que, no grupo de contribuintes selecionados com base na declaração de 2013, a fiscalização identificou fraudes em Declarações do Imposto de renda Retido na Fonte (Dirf) transmitidas por prefeituras e governos estaduais, destinadas a aumentar a restituição do IRPF. Nesse caso, funcionários públicos aumentam os valores na Dirf para aumentar o imposto a ser devolvido ao contribuinte beneficiado pela fraude.

O subsecretário disse que este novo parâmetro de malha fiscal foi desenvolvido este ano, mas todas as pessoas identificadas terão suas declarações revisadas desde 2008. As 21,3 mil declarações foram selecionadas apenas na primeira semana de implantação do novo parâmetro. ''Claro que vamos olhar para os últimos cinco anos. Isso pode configurar crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha'', avisou o coordenador geral de fiscalização, Iágaro Jung Martins.

Também estão na mira da Receita os contribuintes cujas declarações de 2012 foram selecionadas pela fiscalização por inconsistência nos valores de dedução de contribuição a entidade de previdência privada. O Fisco apurou que mais de 300 mil declarações estão com indícios de fraudes.

Fonte: Folha Web

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Receita começa a restituir IR 2013 em 17 de junho


A Receita Federal publicou no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (30) o cronograma de pagamento da restituição do Imposto de renda da Pessoa Física (IRPF) 2013, ano-base 2012. O primeiro lote de restituição está agendado para o dia 17 de junho. Até dezembro deste ano, sete lotes devem ser pagos.

Pessoas com mais de 65 anos têm prioridade para receber a restituição do imposto, não importando a forma como a declaração foi feita.

Na sequência, deverão ser liberadas as restituições segundo a ordem de envio da declaração à Receita. O órgão afirma que, em qualquer uma das situações, é necessário que não haja nenhuma pendência ou irregularidade.

Calendário de pagamento

1º lote, em 17 de junho de 2013;
2º lote, em 15 de julho de 2013;
3º lote, em 15 de agosto de 2013;
4º lote, em 16 de setembro de 2013;
5º lote, em 15 de outubro de 2013;
6º lote, em 18 de novembro de 2013; e
7º lote, em 16 de dezembro de 2013.

Fonte: G1