sábado, 31 de dezembro de 2011

RECESSO FINAL DE ANO


O BLOG ENTRARÁ EM RECESSO DURANTE OS FESTEJOS DE FINAL DE ANO! 

(TAMBÉM SOU FILHO DE DEUS!)

DESEJO A TODOS UM  PRÓSPERO ANO NOVO!

O BLOG VOLTARÁ NO DIA 01/02/2011.

SAUDAÇÕES CONTÁBEIS!


DAILTON CARVALHO

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Contabilista terá, a partir de 2012, novo documento de controle do CRC


profissional da contabilidade terá, a partir de 1º.01.2012, novo documento de controle de sua regularidade denominado "Declaração de Habilitação Profissional (DHP Eletrônica)" cuja finalidade é comprovar exclusivamente a regularidade do profissional da contabilidade perante o Conselho Regional de Contabilidade (CRC) no momento da emissão do documento.

A DHP Eletrônica estará liberada para emissão somente quando o requerente e a organização contábil da qual o profissional da contabilidade seja sócio e/ou proprietário estejam regulares perante o CRC, isto é, sem possuírem qualquer espécie de débito.

Fonte: (Resolução CFC nº 1.363/2011 - DOU 1 de 02.12.2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Fim de ano aumenta demanda por auditoria

Preocupadas em acompanhar o Crescimento econômico do país e as oportunidades de negócios, as empresas cada vez mais recorrem aos auditores independentes para que esses avaliem as suas demonstrações financeiras. Com a chegada do final do ano, essa Demanda por auditores é ainda maior, já que é o período em que as empresas costumam examinar as contas, rever os gastos e as demonstrações financeiras. 

Segundo o Auditor e Diretor da Nexia Teixeira |Auditores, Adriano Rezende Thomé, o momento é favorável a todas as partes envolvidas. “Os auditores ganham pelo aumento dos Serviçosprestados, as empresas aumentam suas oportunidades de negócios, e os credores e acionistas se asseguram de que as posições patrimonial e financeira das empresas serão examinadas por profissionais independentes e imparciais”, conta. 

O auditor explica que, no decorrer do ano, as contratações de Auditoria ocorrem, em sua maioria, por empresas em que os Serviços de Auditoria são exigidos por órgãos reguladores, como empresas do ramo de planos de saúde, seguradoras, bancos, companhias de Capital aberto, entre outras, e estas devem prestar informações intermediárias auditadas. Para as empresas não obrigadas a prestarem esses dados intermediários, essa contratação é mais comum no fim do ano, para, por exemplo, examinar contas, oferecer maior transparência nos seus números, pleitear empréstimos e financiamentos, entre outros. 

“Muitas indústrias e outros segmentos com estoques elevados registrados nos balanços devem ter o inventário físico deste ativo auditado, e, geralmente, esses inventários são realizados no final do ano. Se o inventário físico dos estoques não for acompanho por auditores, as empresas correm sério Risco de terem seus balanços ressalvados”, explica Thomé. 

Outra Demanda bastante requerida por empresas é a terceirização da Auditoria interna. Segundo o auditor, a principal vantagem de se terceirizar estes serviços, está no fato de que os acionistas e proprietários não têm condições de estar atentos a todas as áreas da empresa e, dessa forma, eles podem contratar serviço de Auditoria interna em etapas operacionais, como nos processos produtivos, financeiros, de controles internos, entre outros. 

Para as empresas interessadas em resguardarem suas demonstrações financeiras por meio de auditoria, o auditor aconselha que, com o término do ano, as empresas não deixem para contratar Serviços de Auditoria de última hora ou, pois os profissionais ficam sem datas disponíveis para atender novas demandas, e os honorários tendem a ficar mais elevados em virtude da lei da Oferta e da procura.


Fonte: Revista Fator

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Perícia contábil está em forte expansão

Três gerações se encontram em torno de um mesmo objetivo. Apesar das diferenças de idades, as experiências são somadas e alimentadas pelo amor à mesma profissão. Uma mostra de que a atividade está em alta

Movidos pela mesma paixão, eles se uniram ainda mais. O mentor da inspiração profissional para os integrantes da família Lavies é o contador Artur João Lavies, que atua na área há 50 anos. Artur é pai de Rosana Lavies Spelmeier e avô de Mártin Lavies Spelmeier, ambos contadores e peritos. Todos foram impulsionados e atraídos pelo entusiasmo de Artur, que há 35 anos possui um escritório contábil na zona Sul da Capital. Dos 16 integrantes da empresa, 13 são da família, sendo que cinco deles são peritos contábeis, para o orgulho do patriarca. Segundo ele, seu maior prazer é ver a continuidade do trabalho de uma vida, além de poder estar ainda em plena atividade, de forma permanente. 

“A escolha pela profissão foi decorrência de um trabalho em conjunto, de um contexto de ordem familiar, que é um fator agregador. No entanto, sempre vinculada à vocação ou, pelo menos, a uma inclinação”, comenta a filha Rosana, justificando a Opção familiar. Rosana tem seus dois filhos e dois sobrinhos trabalhando no escritório e com a mesma escolha profissional. Para ela, o modelo do seu pai foi fundamental para todos. “As palavras convencem, mas os exemplos arrastam”, completa. 

Para a terceira geração de peritos desta família, os desafios trazidos pela função e a abertura de novos horizontes foram os motivos que os conquistaram. Mártin Lavies Spelmeier, 30 anos de idade e 10 de profissão, diz que a perícia lhe proporciona outros conhecimentos que jamais obteria atuando apenas na Contabilidade. “Lidamos com diversos assuntos diferentes e, por mais que eles estejam ligados aos cálculos, as discussões judiciais promovem um aprendizado em diferentes aspectos, adentrando em áreas que jamais imaginaríamos”, explica Mártin. 

Além disso, os jovens peritos da família também se sentiram atraídos pelo mercado, que, segundo eles, está bastante disputado. Para Mártin, o fato de poder ajudar a Justiça do País é um dos fatores que o faz se sentir orgulhoso da profissão.

Mercado cresce com a Demanda judicial

Mover uma Ação judicial tornou-se algo bastante comum nos dias de hoje, aumentando assustadoramente a pilha de processos nos tribunais. Na mesma proporção, cresce a Demandadas análises periciais, seja para a área contábil, econômica, administrativa, de engenharia ou médica. Além dessas, existem também os peritos das áreas atuarias, congregando outras profissões, como a fisioterapia e a informática, por exemplo. A entidade que congrega essas profissões é a Associação dos Peritos da Justiça do Trabalho (Apejust), criada em 1986. De acordo com o presidente Evandro Krebs, o número de peritos no Estado, em atuação, é superior a dois mil, sendo que cerca de 40% destes são da área contábil, o que, para ele, é um percentual bastante significativo.

De acordo com Krebs, a importância deste profissional é cada vez mais reconhecida pela Justiça, pois eles são capazes de imprimir ao processo, as informações específicas e detalhadas necessárias para que o juiz possa ter maior clareza sobre o caso. Krebs comenta que o perito contábil precisa ter muito mais que um bom conhecimento específico, ele necessita ter domínio da informática e das inovações tecnológicas, visto que muitas informações são buscadas por meios eletrônicos. “Ele é a pessoa de confiança do juiz e vai fazer a verificação dos documentos trazendo maior amplitude, para maior segurança do julgamento”, explica. 

Por força do próprio mercado, o perfil dos profissionais contábeis vem sendo alterado constantemente. O presidente acredita que a seleção dos bons profissionais se dará naturalmente, pois as exigências são grandes e o aperfeiçoamento e a habilidade com as especificidades da área farão com que eles se destaquem ou não. 

A função é bastante específica e é uma das áreas que mais crescem na contabilidade, bem como a auditoria. O perito contador atua sobre um caso litigioso, envolvendo duas partes, enquanto o auditor desenvolve seu trabalho para uma entidade privada ou pública que o contrata para apreciar e emitir parecer sobre controles internos ou demonstrações financeiras. 

De acordo com a contadora Rosana Lavies Spelmeier, o perito contábil pode exercer suas atividades de diversas formas. Pode ser nomeado pelos juízes ou indicado pelos advogados e atuar como assistente técnico. Em processos ou procedimentos extrajudiciais, pode assessorar advogados, empresas e também pessoas físicas, nas mais variadas formas de intervenção, sempre vinculadas à matéria contábil.

Função alia o aperfeiçoamento e a ética profissional

Fundamentalmente, um perito contábil necessita apenas ter o título de contador, bacharel em Ciências Contábeis e estar regularmente inscrito perante o Conselho Regional de Contabilidade, sem que haja qualquer restrição perante a entidade de classe. Mas, de acordo como presidente da Associação dos Peritos da Justiça do Trabalho (Apejust), Evandro Krebs, a preocupação da entidade é que o profissional esteja capacitado para atender a Demanda e possuir amplos conhecimentos. Para ele, o grande desafio dos peritos é acompanhar a evolução dos processos judiciais estando inserido no assunto, mas com total isenção. 

De acordo com o presidente, existe um reconhecimento nacional dos peritos gaúchos pela questão ética, a seriedade e a responsabilidade dos profissionais. Além disso, salienta o bom relacionamento dos profissionais com os tribunais, o que é fundamental para o resultado final do trabalho. 

Fruto da sabedoria de vida e de meio século de experiência no assunto, o contador Artur João Lavies diz que a atuação do perito é chave em qualquer processo. Conforme ele, o trabalho do perito pode ter uma repercussão positiva ou negativa e o erro pode resultar em efeitos extremamente danosos. “O desfecho de um processo pode alterar o rumo da vida das pessoas físicas ou jurídicas. O perito precisa necessariamente saber administrar e lidar com os conflitos de interesses”, avalia com simplicidade o contador.

Para Lavies, o perito deve manter sua integridade acima de tudo. A imparcialidade, a competência e a dedicação integral são fatores relevantes no trabalho. Além disso, segundo ele, a ética deve ser preservada e “o contador deve ter a consciência de sua responsabilidade social, pois busca, no desempenho de suas funções, não somente a verdade, mas deve ter sempre presente que ele lida com os sentimentos de pessoas envolvidas no processo”.

Atividade se tornou o braço direito da Justiça

Pela definição da Norma Brasileira de Contabilidade, a Perícia Contábil é o conjunto de procedimentos técnicos, que tem por objetivo a emissão de laudos sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou certificado. Nessa época do ano, os escritórios, de modo geral, têm uma Demanda muito maior de trabalho em razão da proximidade do recesso dos tribunais, pois os juízes passam a solicitar ainda mais o trabalho deste profissional. 

Segundo a contadora Rosana Lavies Spelmeier, em seu escritório a Demanda de análise pericial acontece durante o ano todo, mas é comum o aumento de trabalho antes das férias da Justiça, pois juízes, advogados e as partes interessadas estão voltados para a meta de não acumular perícia de um ano para o outro. 

A juíza de Direito Eliziana da Silva Perez, da Vara de Falências e Concordatas de Porto Alegre, admite a necessidade permanente do trabalho do perito contador. Em razão disso, segundo ela, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) já criou um projeto para criação do cargo, que deverá ser enquadrado via concurso público, ao quadro de pessoal do órgão. O projeto ainda precisa de aprovação da Assembleia Legislativa do Estado. 

Atualmente, o TJRS trabalha com uma lista de contadores habilitados que são solicitados conforme a demanda. No caso da Vara de Falência, o profissional contábil vai medir a causa daFalência e apurar a responsabilidade criminal. 

A perícia contábil judicial é específica e consiste na avaliação de patrimônio das pessoas físicas e jurídicas. Para a execução desta função, o profissional utiliza um conjunto de procedimentos que o levam a um resultado e, com base nisso, o juiz avalia e julga. 

A conclusão do trabalho do contador é expressa em laudo pericial, esclarecendo as controvérsias. O perito, além da condição legal, da capacidade técnica e da idoneidade moral, tem uma responsabilidade enorme, já que suas afirmações envolvem interesses e valores consideráveis.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Uma boa safra de escândalos contábeis

Se você por acaso adora acompanhar escândalos contábeis, então possivelmente nunca viu um período tão bom como os últimos meses, encerrado com chave de ouro pelos desdobramentos do desastre na Olympus. Por outro lado, se você trabalha como auditor numa grande firma de contabilidade, ficou muito mais difícil justificar que a Sociedade deva valorizar os seus serviços.

O golpe praticado na Olympus era simples, ainda que os meios tenham sido, por vezes, exóticos. A fabricante japonesa de câmeras e endoscópios ocultou prejuízos tratando-os como ativos. Segundo a companhia, assim foi desde os anos 1990. Isso poderia ter permanecido em segredo, caso o executivo da Olympus, um britânico chamado Michael C Woodford, não tivesse feito pressão internamente para resolver o assunto, em resposta a uma reportagem de uma revista japonesa sobre alguns dos negócios menos ortodoxos da companhia. O conselho de administração da Olympus reagiu demitindo Woodford, apenas seis meses no cargo. Agora, vemos que suas advertências sobre as finanças da empresa estavam certas.

Onde estavam os auditores? Embora ainda não conheçamos a plena extensão do que eles sabiam e quando, basta ver quem eram os auditores externos para saborear o fascínio da história.

A Auditoria da Olympus na década de 1990 era a afiliada japonesa da Arthur Andersen, à época uma das chamadas "Cinco Grandes" firmas de contabilidade. Depois que a Andersen entrou em colapso em 2002, a KPMG adquiriu sua operação no Japão, que atuava sob o nome de Asahi & Co, e assumiu a Auditoria da Olympus. A KPMG permaneceu como auditora até 2009. A Olympus passou a usar os Serviços da Ernst & Young no fim daquele ano.

Desse ângulo, parece que os fantasmas de Andersen ainda estão assombrando os corredores empresariais. A firma foi indiciada em 2002 devido a sua conduta como auditora da Enron, empresa americana de energia, no que equivaleu a sua sentença de morte. Na esteira desses acontecimentos, grandes fraudes contábeis vieram à tona em muitos dos ex-clientes da empresa - uma lista de nomes onde compareceram a WorldCom, Dynegy, Qwest, Freddie Mac e Refco. A Olympus parece estar a caminho de entrar para a mesma lista. Foi necessária apenas cerca de uma década a mais para os problemas emergirem.

O "Financial Times" informou no mês passado que a KPMG efetivamente levantou em determinado momento algum questionamento sobre a contabilidade da Olympus. Nenhuma divergência entre a KPMG e a Olympus foi divulgada publicamente, embora saiba-se agora que houve divergências, segundo um artigo, em 4 de novembro, no jornal britânico "Daily Telegraph".

A Ernst & Young também não levantou quaisquer problemas.

O mais recente relatório de Auditoria da E&Y, firmado em 29 de junho, observou que a firma auditou as demonstrações financeiras da Olympus apenas para os anos fiscais de 2010 e 2011, e que os livros da empresa referentes a 2009 foram examinados "por outros auditores", que apresentaram um parecer sem ressalvas". Agora, tanto a Ernst & Young como a KPMG estão numa saia justa.

Podemos ouvir ecos de escândalos passados também no colapso da MF Global Holdings, construído em parte por meio de uma aquisição dos Ativos da Refco em 2005, depois que a corretora de futuros faliu naquele mesmo ano. Os espectadores do escândalo Enron podem recordar, por exemplo, que os executivos da empresa de Houston não tinham como controlar a quantidade de dinheiro que a companhia tinha em determinado momento. Após as falências da Enron e da WorldCom, o Congresso aprovou em 2002 uma lei exigindo que os altos executivos certificassem a eficácia dos controles internos de suas empresas sobre seus relatórios financeiros. Relatórios de auditores sobre os controles internos tornaram-se também uma exigência.

A PricewaterhouseCoopers, Auditoria externa da MF Global, disse em maio, que os controles MF estavam em ordem, e que tudo estava bem também com Jon Corzine, à época executivo-chefe da MF. Se essas afirmações estavam corretas é algo agora em questão. Mais de uma semana após a MF ter pedido concordata, há ainda cerca de US$ 600 milhões de clientes desaparecidos sem causa definida.

Então, no mês passado, houve a implosão do Dexia, gigantesco banco franco-belga que recebeu um socorro do governo para evitar seu colapso. Em março, o Dexia recebeu um parecer positivo da afiliada belga da Deloitte & Touche. O mercado finalmente percebeu que seu Balanço era uma farsa.

São tantas as grandes companhias que sofreram colapsos após terem sua contabilidade aprovada pelas Quatro Grandes firmas de Auditoria que muita gente considera seus pareceres uma piada. Afinal de contas, é o cliente quem paga as auditorias. (Opa, nenhum conflito nisso!) Há décadas as agências fiscalizadoras vêm tentado descobrir maneiras de contornar essa falha fundamental no modelo de negócios do setor, colocando em vigor todo tipo de regras exigindo que os auditores sejam "independentes", por mais tola que essa noção possa, por vezes, parecer. Apesar disso tudo, continuam assomando novas ondas de escândalos contábeis,.

No entanto, o próximo passo lógico - tirar da profissão contábil a sua galinha de ouro, tornando as auditorias voluntárias, em vez de obrigatórias, para as empresas de Capital aberto -, sempre pareceu uma péssima ideia, porque seria praticamente um convite para mais fraudes. Nem há muito apetite para que terceiros, como governos nacionais, paguem pelas auditorias nas empresas. Os resultados provavelmente não seriam melhores.

Pelo menos, o público pode deleitar-se com o valor de entretenimento em todos esses escândalos. Pode não haver fiapos de otimismo quando tanta riqueza e tantas vidas são destruídas, mas é algo capaz de nos distrair da conclusão óbvia de que estamos atados, por ora, a um sistema que, muito frequentemente, não funciona.

O maior temor para o Cartel das Quatro Grandes deve ser que os investidores um dia fiquem tão fartos, que exijam uma mudança total no status quo, por concluir que nada têm a perder. Ainda não chegamos a esse ponto, mas poderemos. Se as auditorias não conseguirem descobrir uma forma de reincutir valor em seu produto mais básico, até mesmo soluções horríveis poderão começar a parecer melhorias substanciais.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cresce o mercado para auditores internos no país

A Auditoria interna ganhou espaço no Brasil nos últimos anos e a Tendência é que o mercado cresça ainda mais. O momento é especialmente bom para o profissional da área que, além de estar preparado para as novas tecnologias, tem conhecimentos sobre gerenciamento de Risco e profundo entendimento do negócio da empresa.

Essa é a conclusão de um levantamento global feito pelo Institute of Internal Auditors (IIA) com 13.500 profissionais com cargos de liderança de 107 países. De acordo com Oswaldo Basile, presidente da Federação Latino-Americana de Auditoria Interna, o gerenciamento de Risco é responsável por identificar as áreas mais suscetíveis a erros e fraudes dentro de uma empresa, o que explica seu papel de destaque no atual cenário - quase 80% das organizações consultadas pretendem investir no setor nos próximos cinco anos.

Basile, que também é membro dos conselhos do IIA Brasil e IIA Global, explica que o movimento é consequência do aumento constante da velocidade dos negócios, que traz cada vez mais vulnerabilidade aos processos. "Períodos de pós-crise costumam impulsionar não só essa especialidade, que trabalha de forma preventiva, mas a profissão de uma maneira geral."

A equipe de Auditoria interna da Oi, por exemplo, está se preparando para adotar o gerenciamento de riscos como principal técnica de trabalho. Segundo o diretor da área, Fabiano Castello, a empresa pretende investir no desenvolvimento técnico dos auditores, que receberão em média cinco semanas de treinamento em 2012.

Na opinião de Castello, o Aquecimento do mercado tornou não só a contratação de novos profissionais um desafio, mas também a retenção do time atual. A Oi dá preferência a profissionais de dentro da empresa na hora de contratar e, segundo o estudo da IIA, 52% das corporações consideram essa prática como a melhor forma de recrutamento. "É essencial que o colaborador entenda o negócio da empresa", explica Basile.

Metade dos profissionais pesquisados espera contratar mais auditores internos nos próximos cinco anos. O movimento se reflete no Brasil, onde o Instituto dobrou de tamanho nos últimos três anos e conta com quatro mil membros.

Para Basile, o Brasil ainda corre atrás de outros países em aspectos como o tamanho do mercado - nos Estados Unidos, a instituição possui 70 mil associados -, mas está bem posicionado em relação a tecnologias que auxiliam a atividade. A principal, atualmente, é o uso de Auditoriacontínua, que monitora os processos da empresa em tempo real e é capaz de vetar fechamentos de negócios que apresentem irregularidades antes que elas aconteçam. O caminho é contrário ao tradicional, no qual os auditores revisam documentos e processos em busca de erros após a conclusão das operações.

A pesquisa mostra que 30% das empresas adotam a Auditoria contínua e 54% preveem aumentar seu uso nos próximos cinco anos. No Brasil, a técnica chegou há três anos e Basile espera que ela se popularize no país até 2016.

A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, faz uso da prática desde 2009 em 100% de seus projetos. Além do monitoramento contínuo, que é a verificação dos processos de acordo com as regras que regulam os processos, a empresa trabalha com Auditoria remota, na qual os profissionais não precisam ir até o local para interromper a operação quando necessário.

"O sistema nos possibilita evitar que o evento se materialize", explica o gerente de Auditoriainterna e compliance, Luiz Pires. Milhares de operações são processadas diariamente e, quando um novo Risco é detectado, ele é incorporado à matriz de Risco do sistema, criando novos "filtros".

A equipe de 46 profissionais da Walmart passou a usar a Auditoria contínua recentemente. Baseado no trabalho anterior tradicional e com a ajuda de consultores externos e da própria companhia, um sistema de regras foi estabelecido para identificar comportamentos não convencionais. "Hoje, temos uma equipe multidisciplinar que reúne conhecimentos em Tecnologiada informação, lógica de programação e negócios", explica o diretor de Auditoria de TI e projetos especiais, Cesar Morales.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sefaz cria ferramenta que facilita o cálculo de tributos

Profissionais da área contábil participaram, no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), em Teresina, de um treinamento sobre o cálculo do ICMS Diferido (antecipação total, parcial e diferencial de alíquota) através do sistema Decid Web (Declaração e Cobrança de ICMS Diferido).

O treinamento foi realizado pelo auditor fiscal da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Marcos Antônio Celestino, e pelo diretor da Unidade de Tecnologia da Secretaria, Antônio Luiz Santos. O objetivo foi apresentar para profissionais o uso da ferramenta para cálculo ICMS antecipado diferido.

O secretário de Fazenda elogiou a equipe de trabalho da Sefaz pelas ações desenvolvidas e afirmou que os avanços alcançados na área contábil se devem aos profissionais. “Temos profissionais de primeira linha na Sefaz, pessoas dedicadas, que apesar das dificuldades se empenham com suas equipes ao máximo para melhorar a cada dia os Serviços prestados pela Sefaz. O Decid Web é um dos vários projetos de modernização que estamos introduzindo”.

O programa foi desenvolvido integralmente pela Unidade de Tecnologia da Secretaria da Fazenda e permitirá aos contabilistas, ou pessoal encarregado de geração dos valores do ICMS, facilidades na hora dos cálculos do tributo.

O sistema é totalmente integrado com as regras legais e permite a visualização da nota fiscal eletrônica em nível de item de produtos, o que ajuda na geração e conferência dos cálculos tanto por parte da Sefaz quanto pela dos contribuintes.

Em outubro de 2011, a Sefaz começou a utilizar o diferimento universal. Esse adiamento retirou dos postos fiscais a tarefa de cálculo e cobrança do ICMS. Dessa forma, o contribuinte em situação fiscal regular, ficou responsável pelo cálculo e geração dos valores que deveriam ser pagos antecipadamente e o Decid Web mais uma ferramenta para o trabalho desse público.

O Decid Web será usado para os cálculos e cobrança de compras interestaduais que tiverem emissão a partir de 1° de novembro de 2011. O programa permite a transferência da cobrança, que antes era efetuada pelos postos, para o âmbito dos escritórios de contabilidade que possuem atividade na área fiscal do ICMS.

Para os contribuintes em situação fiscal irregular e, também, para as empresas do Simples Nacional, os postos continuarão efetuando esses cálculos e geração dos DAR.

Fonte: 180 Graus

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Melhora o resultado do Exame de Suficiência


Após o índice desastroso de aprovação nas provas realizadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no primeiro semestre de 2011, a segunda avaliação demonstrou maiorEmpenho dos novos contadores

Com tempo ampliado para se preparar e experiência adquirida nas provas anteriores do Exame de Suficiência, a contadora Ejane Maria Lima Duarte, de 50 anos, conseguiu encaminhar o seu pedido do tão sonhado registro da profissão. Depois do frustrado resultado na primeira edição do exame, realizado em maio deste ano, ela resolveu se dedicar mais e estudar as matérias com maior grau de dificuldade. Para ela, a segunda avaliação foi mais bem elaborada e com questões complexas, pois exigiram conhecimento teórico dos candidatos, principalmente quanto às Normas Internacionais de Contabilidade e suas atualizações. “Em comparação ao primeiro, achei mais difícil”, comenta.

A nova contadora terminou a faculdade no Centro Universi­tário Metodista do IPA, no segundo semestre de 2010. Para não correr o Risco de não passar novamente, buscou um curso preparatório para relembrar aquelas matérias vistas nos primeiros semestres do curso. As dicas e as atualizações sobre as normas contábeis foram essenciais para o seu desempenho.

A segunda versão do Exame de Suficiência foi realizada em todo o País no dia 25 de setembro e o resultado publicado no dia 28 de outubro no Diário Oficial da União. Nesta edição, 23.836 pessoas fizeram a inscrição, sendo 19.721 bacharéis e 4.115 técnicos. Em todo o Brasil, 10.129 bacharéis em Ciências Contábeis obtiveram aprovação, o que corresponde a 54,18%, contra os 30,83% da edição anterior, uma melhora de 23,35% no índice de aprovação. Quanto aos técnicos, apenas 1.067 conseguiram o registro, o que representa 27,87% contra 24,93% do resultado passado, um crescimento pouco significativo de 2,94%. 

O contador recém-formado Ademar Oliveira Flores Junior, 26 anos, comemora a aprovação na sua primeira avaliação. Para ele, as provas foram muito boas para o nivelamento dos profissionais, e admite que teria achado as provas difíceis se não tivesse se dedicado e estudado com afinco. “Fiz um curso intensivo após a faculdade, me dediquei a estudar a contabilidade pública, pois fazia muito tempo que não via essa matéria”, comenta. Flores Junior tem convicção de que não pode jamais parar de estudar, pois a profissão exige constante aperfeiçoamento. Ele já programa para 2012 uma pós-graduação na área de Controladoria.

Conselhos acreditam que os profissionais estão mais atentos às provas
Após resultado considerado ruim pelos especialistas na primeira avaliação de conhecimentos dos contadores, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apostou na preparação dos candidatos para a segunda edição. Na opinião do presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, este percentual de aprovação demonstra que os candidatos estão melhor preparados e atentos à importância do exame. “A resposta aparece de forma satisfatória, pois temos certeza de que estamos cumprindo com o nosso papel de fiscalização preventiva, uma vez que permitimos o acesso ao exercício profissional de pessoas que apresentaram uma capacitação adequada”, afirma. Carneiro considera bom o percentual de aprovação na comparação com o primeiro, mas ainda está muito abaixo do esperado.

“É lógico que, quanto mais valorizada for a profissão, maior será a Demanda de trabalho para os profissionais”, pontua o presidente, enfatizando que o cenário contábil está sendo visto de uma maneira diferente por parte das instituições de ensino, órgãos governamentais, empresas da iniciativa privada, terceiro setor e Sociedade em geral. 

O resultado foi considerado bom por todas as lideranças do Sistema CFC/CRCs. Apesar disso, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS),
Zulmir Breda, foi cauteloso em sua análise. Acredita que a comparação entre os resultados somente permitirá uma conclusão apropriada depois da quarta ou quinta edição, isso porque, segundo ele, os percentuais de aprovação podem sofrer diversas influências de uma edição para a outra e distorcer a comparação. 

Gaúcho foi segundo melhor colocado no Rio Grande do Sul e sexto no Brasil

Ex-aluno da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Felipe Klein Dias recebeu com surpresa a notícia da sua classificação nas provas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que teve 85% de acertos. “Fico muito feliz, já que isso significa que o curso foi bom e meu esforço valeu a pena”, comenta. Dias formou-se em Contábeis em janeiro de 2011 e realizou as provas do CFC em maio deste ano. Para ele, toda pessoa que quer ter sucesso não deve ficar restrita aos ensinamentos ministrados em sala de aula. Para ele, os conhecimentos extraclasse são os mais interessantes e é necessário se aprofundar nos assuntos. 

Dias sabe disso como ninguém, pois o curso de Contabilidade não foi sua única opção. Aos 27 anos, é formado também em Administração e Direito e acredita que a soma dos conhecimentos dessas doutrinas o levaram a um resultado positivo. O empenho, o estudo e a dedicação são as receitas do gaúcho que hoje trabalha na AES Brasil, na área de Planejamento Tributário, em São Paulo. 

Com relação ao nível do teste, Dias considerou uma prova equilibrada. “Foram 30% de questões difíceis, 30% de questões fáceis e 40% de questões medianas”, classificou. Segundo ele, as provas abordaram todas as matérias do curso de graduação. “Creio que o número de questões e o tempo de realização da prova foram adequados e suficientes para avaliar o nível mínimo exigido dos profissionais de contabilidade”, resume.

Instituições necessitam aprimorar as práticas de ensino
As avaliações que medem o conhecimento de alunos e profissionais acabam colocando em xeque a qualidade do ensino no País. Atualmente, existem no Brasil 1.200 faculdades de Contabilidade. Os resultados das últimas provas dos Exames de Suficiência provocaram reflexões aos gestores das instituições de ensino.

Na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), por exemplo, de acordo com o coordenador do curso de Ciências Contábeis, Saulo Armos, as mudanças estão contempladas no Projeto Pedagógico, preparando o acadêmico para pensar e interpretar a Ciência Contábil.

“Desenvolvemos ações com ferramentas de gestão informatizadas por sistemas atualizados, idênticos aos encontrados nas empresas em que os alunos atuarão, através de Laboratórios de Informática, permitindo aos estudantes a reflexão sobre os resultados apurados”, comenta o professor, preocupado com o novo formato da contabilidade moderna. 

“Nessa transição passamos a mensurar e julgar o patrimônio das empresas”, salienta, ao destacar a necessidade do preparo do contador. “Como vivenciamos esse momento de transformação, o mínimo que devemos colocar para nossos formandos é a permanente evolução do conhecimento. Devemos aconselhá-los a estudar, se capacitar e se aperfeiçoar”, aconselha. 

A coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universi­tário Metodista do IPA, Neusa Monser, acredita que as instituições estão conscientes sobre a importância da qualidade de ensino e as coordenadorias estão em busca dessas melhorias. 

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, diz que os resultados demonstram que as instituições não estão aptas a atender às necessidades do mercado, pois “não possuem uma boa biblioteca e os laboratórios deixam a desejar”. O último resultado do exame, em sua opinião, não significa que as instituições estejam mais qualificadas, demonstra apenas que os candidatos se prepararam. Apesar disso, Carneiro aposta na melhoria dos cursos. 

A avaliação do professor e diretor do Instituto Insero Educação Corporativa, Wilson Riber Hamilton Danta, é bastante dura com relação à qualidade dos profissionais. “Ao analisarmos os resultados anteriores, mais precisamente as disciplinas cernes do curso, notamos que o desempenho é pior do que se pensa. O mau resultado não está restrito às matérias complementares, mas àquelas que formam o profissional”, lamenta o professor que coordenou um dos cursos preparatórios.

Na análise de desempenho por estado, de acordo com Danta, em nenhum dos 26 estados da União houve aprovação acima de 50%, seja para bacharéis ou para técnicos. Segundo ele, o desempenho dos alunos está atrelado à própria evolução do curso. De acordo com dados do censo de 2009 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o curso de Ciências Contábeis encontra-se entre os dez maiores cursos superiores do País, mais precisamente na sexta posição, com 235.274 matrículas em 2009, representando um crescimento em relação a 2005 de 34%.

Fonte: Jornal do Comércio - RS