segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CONTADORES RECLAMAM DE PRAZOS PARA CUMPRIR OBRIGAÇÕES

Atualmente, os prazos de recolhimento de tributos estão tão curtos que a maioria das empresas é obrigada a recorrer a empréstimos para cumprir suas obrigações. E os contabilistas, que são os profissionais que estão envolvidos diretamente na apuração e cálculos dos impostos, precisam cada vez mais de agilidade no processo, priorizando o trabalho de cálculos fiscais. Esta sobrecarga está gerando descontentamento entre a classe, que reclama de total descaso do governo com o assunto.
Como exemplo, hoje as empresas têm que recolher o FGTS de seus funcionários até o dia 7 de cada mês e o INSS até o dia 2. O IPI é recolhido até dia 15 do mês seguinte, mesmo prazo do PIS e COFINS.
O encurtamento desses prazos está fazendo com que as empresas percam capital de giro. As empresas que não conseguem cumprir suas obrigações têm que pagar multas. Na correria para cumprir prazos, muitos erros ocorrem, gerando necessidade de retificações e até de comparecimento às repartições fiscais, gerando mais custos, atrasos e problemas para contribuintes e contabilistas.
Anteriormente, o recolhimento dessas obrigações e tributos era mais flexível. O PIS, por exemplo, era recolhido seis meses depois do fato gerador.
Entendemos que este rigor não se justifica, já que os índices de inflação estão baixos. O governo poderia alargar gradativamente os prazos de apuração e pagamento, para não perder receitas, dialogando com a classe contábil antes de instituir ou alterar tais obrigações.

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