As recentes mudanças e crescentes exigências no mercado de trabalho dos contabilistas têm despertado o interesse para discussões acerca dos caminhos e destinos da profissão contábil no Brasil. Detentora de um mercado de trabalho bastante amplo, tendo em vista que seus Serviços são indispensáveis para o funcionamento de qualquer entidade, seja ela do setor público ou privado, a profissão tem se valorizado e mostrado que o papel do contador dentro da empresa não se limita a cumprir obrigações legais impostas pelo Governo a essas entidades.
No atual cenário de Desenvolvimento econômico e internacionalização de sua economia, o Brasil tem oferecido aos profissionais contábeis o desafiado de buscar diferencias competitivos no mercado, que englobam desde a sua formação acadêmica até habilidades e competências que os tornem aptos a empreenderem estratégias frente às rápidas mudanças ocorridas no atual ambiente empresarial. Paralelamente a esse cenário, desponta um mercado de trabalho bastante amplo e promissor, incentivado, principalmente, pela crescente Estabilidade Econômica e financeira do país, fortalecendo e ampliando a gama de opções profissionais dos contabilistas.
Prova disso é o recente reconhecimento da Revista Exame, através de seu portal eletrônico, de que a área de Contabilidade é a que apresentou maior crescimento da Remuneração fixa no ano de 2010, observando que “novas normas contábeis aquecem salários de contadores”. Nesse sentido, o nível de escolaridade e qualificação profissional tem se revelado um importante fator de diferenciação profissional no mercado de trabalho, melhorando a empregabilidade dos contabilistas. Isso pode ser confirmado com o artigo publicado no dia 04 de julho deste ano pela Folha.com, do grupo Folha de São Paulo, onde Maria Clara Cavalcante Bugarim, ex-presidente do Conselho Federal de Contabilidade, afirma que a empregabilidade para os profissionais dessa área ultrapassa a taxa de 90%.
Diversos pesquisadores da Teoria do Capital Humano têm observado que o processo educacional está muito ligado ao avanço do conhecimento, o que produz importantes efeitos econômicos. Na visão dos pesquisadores, as novas idéias derivadas do processo educacional não são utilizadas apenas pelos indivíduos que estão aprendendo, mas sim, disseminados de forma livre para toda a sociedade. Dessa forma, o processo de evolução educacional está intimamente ligado ao processo de evolução da economia, principalmente nos países portadores de economias emergentes.
No Brasil, a preocupação com o Crescimento econômico e a distribuição de renda entre seus habitantes tem fomentado discussões em torno dos fatores que determinam as variações salariais observadas entre os indivíduos integrantes das diversas classes profissionais. O Capital humano, que é a quantidade de conhecimento acumulado por um indivíduo, ocupa importante papel no Crescimento econômico de um país, pois influencia diretamente a criação de Tecnologia e de conhecimento, no sentido de que pessoas mais capacitadas realizam mais trabalho, ou trabalho de melhor qualidade, em um mesmo período de tempo elevando sua produtividade. Nessa ótica, a quantidade de conhecimento acumulado pelos indivíduos se revela um elemento indispensável para seu desenvolvimento individual e, também, de sua nação.
Entre os profissionais contábeis essa discussão é semelhante, pois as atuais mudanças vivenciadas por nossa classe têm exigido uma crescente aquisição de conhecimento e qualificação profissional. Em suma, ao se realizar uma comparação entre a quantidade de empresas e o número de profissionais contábeis existentes no Brasil, amparando-a com base na crescente necessidade de atualização profissional exigida pelo mercado, pode-se deduzir que ocuparão as melhores cadeiras aqueles que estiverem mais bem preparados para acompanhar as mudanças impostas pelo mercado.
Autor: Orleans Silva Martins