domingo, 28 de agosto de 2011

Brasil é referência para a contabilidade

Em Fortaleza, o presidente do Latino-Americano de Normatizadores Contábeis, Juarez Carneiro, falou sobre os desafios à frente da nova instituição internacional que vai levar a experiência do Brasil ao mundo

O Brasil entra na linha de frente da contabilidade internacional. Após quatro intensas reuniões, foi criado, em 28 de junho, o Grupo Latino-Americano de Normatizadores Contábeis (Glenif, sigla em espanhol). O catarinense Juarez Carneiro tornou-se presidente da entidade. 

Agora, a América Latina e Caribe devem ter mais peso nas decisões junto ao Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, sigla em inglês).

“Nossa participação (do Brasil) era considerada isolada. O mundo fala em bloco. Faltava a América Latina e Caribe fazerem isso”, enfatizou Carneiro, ontem, durante o Encontro de Coordenadores do Curso de Ciências Contábeis, realizado dias 4 e 5, na Universidade de Fortaleza (Unifor).

Carneiro, que também é presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), explicou que os procedimentos operacionais tendem a ser padronizados no mundo.

“Um dos grandes princípios é o da essência sobre a forma”, ressalta. Isso quer dizer que os mecanismos podem ser diferentes, mas a essência deve ser a mesma. “O mundo hoje fala uma linguagem contábil que padroniza o entendimento”, diz.

Desenvolvimento

Muitas das decisões de gestores públicos, por exemplo, têm mais eficácia, se tomadas com base na contabilidade. “Aí nós vamos entrar em um aspecto onde eu vou saber evidentemente quanto eu tenho, quanto eu preciso, qual o meu fluxo, qual o cronograma”.

Conforme o presidente, a contabilidade é essencial para o desenvolvimento de um país. “Quanto mais for levada a sério a contabilidade, melhor a condição de uma tomada de decisão eficaz”, diz.

Ele afirmou que a principal dificuldade para a profissão é acompanhar os avanços da Tecnologia da informação e as mudanças nos aspectos relatoriais do setor. Juarez Carneiro possui graduação em contabilidade, direito e administração. Já atuou nas três áreas e hoje é sócio-diretor da Martinelli Auditores.


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