sábado, 30 de abril de 2011

Quais são os fatores que afetam a relevância da informação contábil?

A relevância das informações contábeis é afetada pela sua natureza e materialidade. Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua relevância. Por exemplo, reportar um novo segmento em que a entidade tenha passado a operar poderá afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, independentemente da materialidade dos resultados atingidos pelo novo segmento no período abrangido pelas demonstrações contábeis. Em outros casos, tanto a natureza quanto a materialidade são importantes; por exemplo: os valores dos estoques existentes em cada uma das suas principais classes, conforme a classificação apropriada ao negócio.

Autor: José Carlos Fortes

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como anda a área contábil de sua empresa?

Assim que começamos uma nova empresa uma grande dúvida nos persegue: é melhor contratar um escritório de contabilidade terceirizado ou integrar um na equipe do negócio? Agora não há mais motivo para dúvida.


Quando se pensa na abertura de uma empresa, o primeiro profissional a entrar em cena é o contador, que terá função estratégica na formação e desenvolvimento do negócio durante toda sua existência. “Hoje, o profissional contábil é peça chave na gestão das empresas e cada vez mais solicitado para fundamentar as decisões estratégicas”, afirma José Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP).

Para Chapina Alcazar, a contabilidade tornou-se vital para o êxito ou mesmo a sobrevivênciadas empresas. “Terceirizar as atividades contábeis é uma forma de responder às constantes mudanças na legislação tributária, além do crescente volume de tarefas burocráticas”, explica. Segundo o dirigente, a principal vantagem em se terceirizar a contabilidade é ter a equipe sempre à disposição. “Não importa o que acontecer, o contrato de prestação de serviços tem de ser cumprido e a empresa não fica refém de ausências de funcionários por conta de férias ou doenças”.

Se você optar por um serviço terceirizado, atente-se à criação de um contrato e prefira os escritórios que participem de um programa de qualidade. Não deixe a preguiça ou a falta de tempo impedirem uma visita ao local do escritório. É importante conhecer o espaço físico e a equipe que será responsável pela conta de sua empresa. Além disso é preciso consultar órgãos como o Conselho Reginal de Contabilidade e órgãos fiscalizadores para certificar-se de que não existe qualquer pendência negativa por parte do contratado. Outras dicas: o contador deve ter formação em curso superior na área (até 2014 os cursos técnicos são válidos), exigir profissionais credenciados e atualizados na legislação e não ficar na velha relação de confiança. "Muitas vezes um amigo do empreendedor é contador ou conhece um profissional o qual acaba indicando. Essa indicação é válida a partir do momento que existe um contrato e a verificação de todos os itens já citados", pontua o presidente da Sescon-SP.

Esses são alguns dos cuidados que o empreendedor deve ter antes de contratar um serviço terceirizado. "A partir do momento que você contrata um serviço externo, saiba que todo e qualquer erro cometido é de responsabilidade do escritório. Isso dá segurança e é mais confortável" afirma José Chapina.

Para o presidente do Sescon-SP, atualização permanente é outro ponto importante. Quando se tem uma estrutura interna, o empresário se limita ao conhecimento de seu pessoal, que pode ficar defasado em algum momento. “As empresas de contabilidade especializadas têm mais informação sobre as normas contábeis para poder a atender clientes de diversos segmentos”, ressalta.

Fonte: Pensando grande

segunda-feira, 25 de abril de 2011

domingo, 24 de abril de 2011

Às vésperas do Dia do contabilista, classe contábil comemora bom momento


Valorização da profissão e adaptação às normas internacionais marcaram último ano

Os contabilistas - contadores e técnicos em Contabilidade - celebram seu dia na próxima segunda-feira, dia 25. Após um ano de muitas renovações na profissão, a data oferece muitos motivos para comemoração e, apesar de simbólica, é importante pela valorização dos profissionais homenageados por ela. A área vive um ótimo momento, com grande oferta de oportunidades de trabalho e maior reconhecimento por parte de diferentes setores da economia. “Estamos exaltando agora o que foi conquistado em 2010. Esperamos que o processo se consolide para que a Contabilidade seja levada ao patamar em que sempre deveria estar”, afirma o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), Zulmir Breda.
A celebração da data - instituída em 1926 pelo senador e patrono dos contabilistas, João Lyra - neste momento reforça o novo perfil da profissão, no qual os contabilistas ocupam posição de destaque no mercado de trabalho. “Pode-se dizer que ela se torna cada vez mais uma ciência da área contábil, com os contabilistas tendo maior expressão no mundo dos negócios, não apenas na Contabilidade em si”, diz o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos.
Com a profissão assumindo um papel mais gerencial e consultivo nas empresas, o trabalho dos contabilistas volta a ser novamente visto como ferramenta para a tomada de decisões dentro das empresas. De acordo com Breda, isso possibilita que o papel do profissional seja mais bem reconhecido na sociedade e que possa ser percebido como fundamental para a saúde e o sucesso das empresas e das instituições públicas. “Dizem que esta é a profissão do futuro, mas para nós o futuro já chegou”, defende Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS).
O vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, Marcone Hahan de Souza, complementa enfatizando a oportunidade criada por estes fatores para que a classe se posicione mais efetivamente frente a questões políticas e sociais. “Somos mais de 500 mil profissionais no País, temos credibilidade junto à população, mas ainda somos pouco consultados sobre assuntos que envolvem o Brasil”, defende, ressaltando o conhecimento aprofundado dos contabilistas sobre dados referentes às empresas e ao governo, que permitem análises precisas e relevantes do cenário econômico.

Adaptação às novas normas internacionais está entre os desafios


A transição para os padrões internacionais da Contabilidade (IFRS), iniciada em 2010, continua sendo hoje o principal desafio para os profissionais da classe contábil. “Este é um processo bastante complexo, mas sabemos que a classe saberá absorver os conhecimentos em um curto espaço de tempo e estamos trabalhando para que isso aconteça”, defende Zulmir Breda, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS).
Os contabilistas estão acostumados a passar por mudanças frequentes, seja por alterações na legislação tributária ou na legislação profissional. As ocorridas em 2010, todavia, foram as mais significativas dos últimos anos. A nova forma de fazer a escrituração contábil no Brasil mudou a Contabilidade, segundo Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS).
“Os profissionais precisaram se reciclar para atender às novas obrigações, não importa se tinham 20 ou dois anos de atuação. As empresas contábeis, entretanto, saúdam as mudanças, pois entendemos que trarão reconhecimento e valorização para os serviços contábeis”, afirma. Esta valorização deve vir em forma de maior remuneração, de acordo com Gründler Sobrinho, uma vez que são processos mais complexos e que demandam mais tempo.
As vantagens serão percebidas também pelos clientes das empresas contábeis, já que por meio dos demonstrativos adequados às novas normas eles poderão ter uma visão mais clara sobre suas contas e sobre o patrimônio e o valor de seu negócio. “As novas ferramentas serão muito úteis para o gestor que souber usá-las, pois os balanços são agora de mais fácil leitura e mais próximos da realidade”, explica Gründler Sobrinho.

Mercado de trabalho segue aquecido


O ano de 2011 será bastante promissor para os profissionais da área contábil, conforme apontou o relatório realizado anualmente pela Robert Half Financial Employment Monitor com 1,9 mil empresas de dez países. Entre os resultados obtidos, está a dificuldade encontrada por 56% dos gerentes de Finanças e de Recursos Humanos em contratar profissionais qualificados. Somado a isso, das companhias instaladas no Brasil, 39% pretendem aumentar a equipe nos próximos meses.
O motivo principal, apontado por 62% dos entrevistados, é a ampliação dos negócios. Esses fatores vêm sendo sentidos de forma bastante significativa pelos empresários contábeis, segundo Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS). “As empresas de Contabilidade constantemente procuram profissionais para suprir seus quadros funcionais em função da grande demanda de serviços existentes”, afirma.
As oportunidades para os contabilistas estão em todas as áreas, seja no setor público, no setor privado ou no terceiro setor, de acordo com Zulmir Breda, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS). Ele reforça, porém, a importância da qualificação. “O mercado seleciona o profissional que está capacitado para a função. Está havendo um funil, em que as melhores vagas vão para aqueles que estão mais bem qualificados, seja em habilidades técnicas, seja em pontos como conhecimento de língua estrangeira e de gestão.”
Marcone Hahan de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, reforça que os bons profissionais não estão desempregados e que a expectativa é que o mercado ofereça ainda mais oportunidades nos próximos anos. “Com a valorização da profissão e com seu direcionamento mais científico, o interesse dos jovens pela área deve crescer, mas levará pelo menos cinco anos até que eles ingressem no mercado de trabalho”, explica.

Exame de Suficiência é destaque para profissão


A exigência de Exame de Suficiência para exercício da profissão contábil, instituída pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46, também é motivo de comemoração em relação ao último ano para a classe. Com primeira edição realizada em 27 de março, a prova deve ser um fator de valorização da profissão.
“Com a adoção do Exame deve haver um nivelamento da profissão pelos seus padrões mais altos, incentivando as faculdades a aprimorarem seu ensino”, afirma Marcone Hahan de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre.
Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos, a aplicação da avaliação tem como ponto positivo a tomada de consciência por parte das instituições de ensino de que precisam preparar seus egressos. O exame deverá incentivar, ainda, uma modificação na forma como é avaliado o desempenho dos estudantes. “A tendência é que, com os exames de qualificação, se passe a ter uma visão mais abrangente dos projetos pedagógicos dos cursos, uma vez que a prova aborda temas bastante variados. Além disso, as avaliações das disciplinas se tornarão cada vez mais semelhantes às provas, visando a preparar os alunos para elas”, explica.
Armos defende que juntamente com o Exame de Suficiência devem ser pensadas novas alternativas para garantir a qualidade do ensino superior na área contábil. Entre elas está a aproximação dos alunos com o mercado de trabalho: “Precisamos convidar empresas e entidades contábeis a participarem mais como conselheiras no aprimoramento do projeto pedagógico do curso, pois é para elas que preparamos os estudantes”, diz.


Autora: Luciane Costa

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O papel do contador no mercado de capitais


Crescimento do setor abre oportunidades para profissionais da área contábil em diferentes atuações

Após 10 anos trabalhando em um escritório contábil, Gilson Costa decidiu traçar um novo rumo para sua carreira. Há dois meses, o contador tornou-se assessor de investimentos na sede de Novo Hamburgo da Magnum Investimentos. A oportunidade surgiu a convite da empresa devido à experiência dele como investidor na bolsa de valores, atividade iniciada no último ano, apesar de o interesse vir desde a faculdade. Costa aceitou o desafio motivado pelas expectativas de crescimento do mercado de capitais. "Estou trabalhando e acreditando no fortalecimento do mercado no Brasil, que ainda é pequeno em relação ao seu potencial", afirma Costa, referindo-se à possibilidade de aumento do número de investidores em função da estabilização da economia brasileira e da realização de grandes eventos esportivos no Brasil, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
Tiago Prux, sócio e diretor de expansão da Magnum Investimentos, afirma que a expectativa de Costa em relação ao setor é válida, uma vez que o mercado de capitais volta a se recuperar após os efeitos da crise. "Entre 2008 e 2010, o número de investidores permaneceu estável, mas agora observamos mais empresas lançando ações na bolsa e mais pessoas querendo investir nelas", diz. Apenas na Magnum, que possui como um de seus focos de atuação a educação financeira, mais de duas mil pessoas realizaram cursos na área entre novembro de 2010 e março de 2011.
Prova também do momento favorável, segundo Prux, é o aumento do número de empresas operando no setor e apostando na diversidade de produtos. "Hoje as pessoas não procuram mais o banco como referencial de investimentos; empresas como a Magnum oferecem mais opções e informações sobre operações de renda variável e também fixa, como fundos imobiliários", comenta.
Estima-se que nos próximos anos o número de investidores no Brasil passe de 600 mil para 5 milhões e, para suprir essa nova demanda, é preciso a colocação de pessoal capacitado para atender à demanda, especialmente com habilidade em vendas e bom relacionamento interpessoal. "O perfil de quem trabalha no mercado de ações não precisa ser necessariamente técnico, mas é preciso que seja voltado para a área comercial", reforça Prux.
Costa está se adaptando a esse novo viés de trabalho, aplicando os conhecimentos adquiridos em sua formação como contador para diferenciar-se dos colegas oriundos de outras graduações. Ele aposta em sua visão mais abrangente de fluxo de capitais e de características desse mercado para conquistar espaço. Quanto às características da nova função, o contador vê como uma oportunidade de emprego diferente para a Contabilidade. "O contador é responsável em transformar dados em informações valiosas para seus clientes; no mercado de capitais fazemos isso com foco em rentabilidade para eles, mostrando novos caminhos para seus investimentos", afirma.

Transparência de informações é prioridade

Quando a atuação do contador que trabalha com renda variável é dentro de um banco, o papel dele deve ser garantir que seja disponibilizado o maior número de informações para sócios da instituição e para analistas do mercado, de forma a fornecer os dados necessários para a decisão sobre a aquisição de títulos. Werner Kohler é superintendente-executivo da Unidade de Contabilidade do Banrisul, sendo o responsável pelo processo contábil do banco e também pelo fornecimento de subsídios para o departamento de relação com investidores. "Levamos dados para esse setor que faz contato direto com os analistas, mas somos decisivos também para auxiliar na interpretação desses números", comenta.
Kohler acredita que o papel do contador na área é fundamental para levar ao analista as práticas contábeis utilizadas pela empresa. "Fazemos um livro de dados no qual há o detalhamento de todas as carteiras, negócios, receitas e despesas do banco, de forma a garantir transparência para o investidor e para que ele entenda o ambiente onde atua a empresa, assim ele pode tomar uma decisão acertada quanto às ações. A transparência é cada vez mais fundamental para nosso trabalho", afirma Kohler.
Além da garantia de informações acuradas, o contador deve agora se preocupar também em fazer isso de forma adequada em relação às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS). "Neste momento de globalização dos mercados, é papel do contador conhecer muito bem essas novas regras e oferecer aos investidores demonstrações financeiras comparadas a outras empresas do mundo", defende Kohler, lembrando que o investidor não escolhe o local onde aplicar seu dinheiro pelo país em si, mas pela solidez de suas empresas.
Kohler reforça a necessidade de atualização do profissional, uma vez que as principais decisões e discussões a respeito do IFRS vêm de outros países. Para isso é importante participar de cursos e formações, ter domínio da língua inglesa e estar alinhado com as entidades de classe do mercado no qual a empresa está inserida. "Para ser um agente de melhoria quanto a essas regras, o contador deve estar presente nas discussões que levam as sugestões de alterações para as entidades responsáveis".

Visão sistêmica abre espaço a profissionais

Uma das principais entidades de classe da área de mercado de capitais na região Sul tem à frente um contador. Marco Antonio dos Santos Martins é presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-Sul), além de professor da ESPM e da Faculdade São Francisco de Assis (Unifin) e sócio da J&M Investimentos.
Para ele, existe espaço para os contadores em várias funções devido à visão sistêmica desses profissionais. "O conhecimento aprofundado do funcionamento das empresas possibilita que eles ocupem posições como analista de investimentos, gestor de carteira e gerente de relações com investidores", explica.
A capacidade de comunicar dados financeiros ao mercado é a característica dos profissionais contábeis mais valorizada pelo setor. "O mercado de capitais dá importância à qualidade da informação recebida para tomada de decisão. Por falar e entender essa linguagem, o contador leva vantagem em relação a outros profissionais."
Como professor universitário, Martins tem observado também constante crescimento de interesse por parte dos estudantes em seguir carreira no setor. A motivação vem pela possibilidade de ganhos financeiros em um mercado em expansão, que oferece grande número de oportunidades. "Muitas universidades investem em disciplinas específicas, voltadas para administração financeira e análise das demonstrações contábeis", exemplifica, lembrando que compreender bem as demonstrações faz diferença em como elas podem influenciar nos resultados de uma empresa.

Seleção de mão de obra acontece ainda na graduação

A capacidade de absorção de mão de obra em um mercado que vive forte expansão tem sido percebida ainda na universidade. A contadora Mara da Silva Carvalho, supervisora de Contabilidade da Solidus Investimentos, foi contratada pela empresa dois anos antes de sua formatura. A profissional foi selecionada como estagiária e logo virou assistente, devido à valorização de uma experiência anterior com gestão financeira.

Hoje ela faz parte da equipe responsável por garantir relatórios diários e mensais das atividades da corretora e dos sete fundos que ela administra, destinados para a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e para o Banco Central. "Para trabalhar na área é preciso bastante conhecimento sobre legislação em relação a estas duas entidades, que muda com frequência", explica.
Mara conta que, além da função voltada para resultados e operações da empresa, o setor de Contabilidade da Solidus atua também como consultor para alguns de seus clientes e seus contadores. "O mercado de capitais cresceu muito rápido, em período de Imposto de Renda muitos escritórios contábeis nos questionam sobre como declarar os valores obtidos na bolsa, por exemplo", conta.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O papel do contador na gestão tributária dos pequenos empreendimentos

A gestão de tributos é um dos fatores primordiais para o sucesso de qualquer empreendimento no Brasil. Não é à toa que a carga tributária é uma das principais dificuldades apontadas pelos empresários, pois, de fato, a voracidade do fisco, velha conhecida do povo brasileiro, traz graves impactos à operacionalização de qualquer empresa e é um dos principais componentes do chamado “Custo Brasil”. Existem, porém, maneiras de minimizar o efeito dos impostos, taxas e contribuições na saúde financeira e econômica dos empreendimentos.
Em um país no qual são criadas cerca de trinta e sete novas normas tributárias a cada dia (segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT), os gestores devem estar, acima de tudo, muito bem informados. Ainda assim, o que notamos, em especial nas micro e pequenas empresas, é a falta de orientação dos empresários, os quais muitas vezes não realizam sequer um planejamento tributário adequado.

A falta de preparo para lidar com os altos tributos faz com que uma grande parte desses empreendimentos atuem na informalidade ou recorram a práticas ilícitas de sonegação fiscal para manter as suas atividades e sobreviver, o que é prejudicial para a sociedade, para o mercado, para a economia e para a própria empresa, a qual terá dificuldades de crescimento.

Para que o empreendimento se desenvolva corretamente é preciso que a gestão tributária seja implementada desde o seu nascimento, ainda na escolha do regime de tributação, pois, ao contrário do que crê o senso comum, nem sempre a opção pelo Simples Nacional é a mais vantajosa.

Destaca-se aí o papel do contabilista nesse processo de educação tributária de seus clientes de pequeno porte. O contador é o profissional responsável pela geração de informações sobre o patrimônio da empresa, evidenciando a sua situação econômica e financeira. Assim, não basta apenas apurar os impostos e gerar guias de recolhimento, ele deve ter também um papel-chave na construção de uma rotina de gestão de tributos.

Especialmente nas micro e pequenas empresas, onde os gestores (que, normalmente, são os próprios empresários) não possuem, na maioria dos casos, o conhecimento necessário da legislação tributária, o contador deve voltar esforços para expor com clareza as opções disponíveis para a tomada de decisão, indicando as vantagens e desvantagens de cada caminho.

Ressalta-se que, para assumir esse papel, o contador deve estar preparado para encarar esse desafio. Dessa forma, é importante que o profissional da contabilidade esteja sempre atualizado, atento às mudanças repentinas desse confuso cenário tributário brasileiro. É um trabalho árduo, porém bastante recompensador.

Outro aspecto vital para uma boa gestão tributária é a organização. E para que uma empresa possa ser considerada realmente organizada não basta apenas manter em boa ordem os seus documentos. A organização, em um sentido mais amplo, abrange também a “organização contábil”, com a manutenção de uma escrituração completa (ainda que simplificada, no caso das micro e pequenas empresas) e que reproduza fielmente a situação patrimonial, econômica e financeira daquela entidade.

Muitas pequenas empresas utilizam-se de regalias concedidas pela legislação fiscal para não manter os registros contábeis completos, o que, no final das contas, acaba se tornando um “tiro no pé”, pois nenhum empreendimento consegue se desenvolver de forma sólida sem as informações geradas pela contabilidade.

De maneira geral, a Gestão Tributária é a principal arma dos pequenos empreendimentos contra a voracidade do fisco e cabe ao contador a tarefa de muni-la com as informações necessárias para o seu correto funcionamento.

Autor: André Charone Tavares Lopes

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ser Contador Gestor ou ser Contador Controlador, Eis a Questão!

Nos últimos anos, quase que diariamente escutamos e lemos que o mundo está mudando e que várias áreas estão forjando novos profissionais ou adequando os que existem há um novo modelo de atuação. Dentre várias áreas, a contabilidade, ou melhor, as Ciências Contábeis, é quem reflete uma transformação rápida e porque não dizer, quase que imposta pela sociedade e pelos órgãos reguladores da profissão do contador. Ser esse profissional ideal que o nosso meio social exige é um desafio constante e diário para os que se habilitam a cientistas das histórias e das vidas daqueles empreendedores que foram além e se aventuraram no mundo dos negócios. Justamente por essa grande mudança e evolução é que a pessoa do contador está deixando seu testamento e em seu lugar timidamente está nascendo o controlador contábil.

Fazendo um retrospecto de nossa atuação, descobrimos que em cada período histórico o contador, guarda-livros ou tantos outros nomes que já atribuíram para nossa profissão ora foram odiados ora foram amados. Esse é um paradoxo que está costurado na metamorfose de nossa escolha e dependendo da cultura empresarial, da sociedade ou de nossos princípios e atitudes escolheremos seguir um dos caminhados já traçados conceitualmente. Exemplificando, quando Jesus Cristo andou por esse chão, chamavam-nos de escribas ou coletores de impostos. Esses homens eram odiados por toda a sociedade, pois eles eram os responsáveis em cobrar o tributo das pessoas e repassar aos cofres do Imperador. Como a maioria do povo era analfabeto e miserável, então muitos escribas acabavam cobrando mais impostos do que realmente era devido e por isso eram odiados por toda a sociedade. Ainda, os contadores foram alvo de grandes desconfortos, como foi o caso famoso de Al Capone que o contador foi preso com o chefão da Máfia Italiana.

Entretanto, como as fatalidades não podem durar para sempre, tivemos e temos nossos tempos de glória. Nos Estados Unidos a profissão do contador é a mais bem paga, pois os empresários e investidores americanos sabem que a pessoa que entende da vida da empresa é o contador e por isso ele teve ser muito bem reconhecido para ter condições de desenvolver seu trabalho da melhor forma possível. Ainda, com essa nova visão oriunda da IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade, o mercado abriu novamente seu espaço para o contador. Porém exigiu qualificação, treinamento e resiliência do mesmo. E isso fez com que começasse uma nova era dentro da profissão contábil a do contador gestor ou do contador controlador.

Neste artigo, vou ter o atrevimento de conceituar esses dois profissionais. Digo que me atrevo, pois são conceitos unicamente fundamentados em minhas leituras e em minhas atividades diárias.

Vejo o contador gestor aquele que está envolvido em determinado processo da arte contábil. Ele pode ser o responsável pelo setor contábil da empresa e está intimamente ligado com buscar as melhores práticas e resultados para seu setor. Por exemplo, o gestor percebe que o valor que a conta contábil clientes inadimplentes está acima do histórico da empresa e vai solicitar para o responsável do financeiro o motivo do aumento, isto é, ele não se envolve além do seu limite de poder permitido. É um profissional reativo, age quando há um problema ou quando vê uma oportunidade de melhoria.

Já o contador controlador está imerso em todos os setores. Sua observação e competência está acima de qualquer organograma empresarial. Ele pensa no todo, tudo para ele tem haver com sua atuação. Quando ele percebe que há um aumento na inadimplência já traça ações para diminuí-la e busca os resultados das ações que delimitou. Este profissional é extremamente proativo, sempre está agindo independente do restante da organização. Ele deve conhecer e muito do meio que está inserido e estar em constante evolução e aprendizado.

Nesse momento você pode estar se questionando, e então, qual é o melhor e o que vai permanecer? É uma questão muito difícil e até acredito que não exista uma resposta para tal pergunta. Cada empresa tem um perfil e conforme esse perfil vai contratar aquele que mais de adéqua a sua realidade. Vamos imaginar uma empresa extremamente conservadora, será difícil que um profissional que esteja sempre buscando melhorar o que está consolidado seja aceito na organização, então aconselharia um contador gestor. Agora, uma empresa que busca um diferencial competitivo, estar sempre desenvolvendo novidades, que pensa em planejamento estratégico, melhores formas de atender seus climas, tem uma visão de negócio bem definida, vai preferir uma pessoa que seja extremamente proativa. Espaço para profissionais qualificados existe e com muitas vagas disponíveis, só que precisamos colocar as pessoas certas nos lugares certos, e nos candidatarmos para essas vagas certas também.

Você decidindo por ser um contador gestor ou um contador controlador, agarre-se nessa decisão e se qualifique. Seja o melhor naquilo que amas fazer ou naquilo que sentir ser sua vocação. Não desista, estude, prepare-se, siga seu caminho e se sentir-se derrotado lembre-se do que diz John Quincy Adams: “a paciência e a perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecem e os obstáculos sumirem”. Portanto, siga em frente e realize-se.


Autora: FONTANA, Valeska Schwanke.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Exame de Suficiência: Download das provas

Conforme previsto no Edital Exame de Suficiência nº 01/2010, os gabaritos das questões objetivas das provas foram divulgados nos sites do CFC, da FBC (www.fbc.org.br) e dos Conselhos Regionais de Contabilidade.

Confira os gabaritos oficiais das provas da 1ª edição de 2011 do Exame.

domingo, 10 de abril de 2011

Empresas têm mais vantagem em terceirizar serviços contábeis


A manutenção de um departamento contábil dentro da empresa só se justifica se seu faturamento anual estiver acima de R$ 50 milhões. Abaixo deste patamar é mais viável a contratação de serviços contábeis. E quanto menor o tamanho da empresa, maior é a vantagem.
Esta é a conclusão que especialistas em auditoria chegaram ao analisar o excesso de tarefas burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados com profissionais, fatores mais que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de contabilidade.
O custo para manter departamento de contabilidade interno é estimado em R$ 17 mil mensais entre salários, encargos sociais e despesas operacionais para profissionais que atuariam na contabilidade, departamento fiscal e na área de recursos humanos,  para terceirizar o trabalho, um bom escritório cobra em torno de R$ 2.500,00, isso levando em conta uma empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais por mês
Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e sócio da PricewaterhouseCoopers lembra que em uma pequena empresa, normalmente não há tanto trabalho para ocupar duas ou três pessoas todos os dias.
Além da vantagem econômica, Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têm conhecimento sedimentado sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender clientes de diversos segmentos. "A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade, o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do Sped Contábil e do Sped Fiscal, que aumentam a responsabilidade e exige conhecimento do contabilista", afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).
profissão está numa fase de transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado pelo CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. "Além disso",  "se contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá requerer um salário alto".

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Contabilidade: Dor de cabeça ou solução?

Uma contabilidade organizada, escriturada de forma regular e consistente, pode ser utilizada de modo proveitoso por uma entidade na geração de relatórios confiáveis e úteis para a tomada de decisões.
Quando a contabilidade de uma entidade é relegada a 2º plano, normalmente o que ocorre é que os problemas advindos deste relapso se multiplicam: problemas de consistência de dados fiscais, falta de conciliação e coerência de contas, atrasos na escrituração, balanços sem espelhar a realidade patrimonial, etc.
Um exemplo dos possíveis benefícios de uma contabilidade devidamente atualizada e idônea é a distribuição de lucros como alternativa de diminuição de carga tributária. Outra vantagem é a contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil.
“Baratear” a contabilidade, ou fazê-la mero instrumento de apuração de impostos, é desprezar o potencial que tem uma escrituração dos fatos de uma empresa. Por exemplo, contas de custos e cálculos de margens de contribuição e lucro e podem facilitar o processo de elaboração de um orçamento empresarial, bem como avaliar adequadamente determinadas linhas de produtos, filiais ou mesmo desempenho de setores.
A contabilidade é solução quando tratada com respeito e como ciência. É dor de cabeça quando encarada como estorvo burocrático.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Exame de Suficiência: gabaritos das provas


Conforme previsto no Edital Exame de Suficiência nº 01/2010, os gabaritos das questões objetivas das provas serão divulgados nos sites do CFC, da FBC (www.fbc.org.br) e dos Conselhos Regionais de Contabilidade dentro do prazo de até 20 dias após a data de realização das provas.


Confira os gabaritos oficiais das provas da 1ª edição de 2011 do Exame.


Aplicação das provas

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), instituição contratada para auxiliar na realização da primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência, consideraram satisfatória a aplicação das provas aos contadores e aos técnicos em contabilidade, realizada no dia 27/3, em todo o Brasil.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), instituição contratada para auxiliar na realização da primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência, consideram satisfatória a aplicação das provas aos contadores e aos técnicos em contabilidade, realizada no último domingo, dia 27/3, em todo o Brasil.

"A aplicação das provas desta primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência foi bastante satisfatória. Tudo transcorreu dentro da normalidade, considerando-se um certame desse porte, realizado simultaneamente em 116 cidades brasileiras e com mais de 16 mil inscritos. Todos os candidatos que compareceram aos seus locais de prova puderam fazer o Exame. A Fundação Brasileira de Contabilidade e o Conselho Federal de Contabilidade, com o auxílio dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), trabalharam com afinco e zelo para garantir a eficiente organização e a devida ordem durante a aplicação do Exame em todo o Brasil. Essa experiência bem-sucedida será de grande valia para as próximas edições do Exame", afirma o presidente da FBC, José Martonio Alves Coelho.


Os aprovados no Exame terão o prazo de dois anos, a contar da data da publicação da relação no DOU, para requererem o registro profissional, no Conselho Regional de Contabilidade, na categoria para a qual tenham sido aprovados.Será considerado aprovado o candidato que acertar, no mínimo, 50% das questões. A relação dos candidatos aprovados será publicada no Diário Oficial da União (DOU) e divulgada nos endereços eletrônicos do CFC, da FBC e dos CRCs em até 60 dias da data das provas.
Ainda segundo o Edital, ocorrendo a aprovação, os CRCs emitirão, sem ônus, a Certidão de Aprovação no Exame de Suficiência, desde que solicitada pelos candidatos, na qual constará a categoria e a data da publicação do resultado no Diário Oficial da União. Para essa solicitação, o candidato aprovado deve apresentar os seguintes documentos: cópia autenticada do documento de identidade; e cópia autenticada do certificado, diploma ou declaração da Instituição de Ensino, comprovando que a conclusão do curso ocorreu em data anterior à realização do Exame. 
Normatização


O Exame de Suficiência foi instituído pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46. De acordo com a nova redação, esse artigo estabelece que os profissionais contábeis somente poderão exercer a profissão mediante os seguintes requisitos: conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
A regulamentação do Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional em CRC consta da Resolução CFC nº 1.301/10, publicada no dia 28 de setembro. O conteúdo da norma abrange desde a conceituação, periodicidade, aplicabilidade, aprovação e conteúdo programático das provas até aspectos da realização e aplicação do Exame, além de tratar dos recursos, dos prazos e de questões gerais.

domingo, 3 de abril de 2011

Estruturação Contábil é cada vez mais importante para organização e sucesso empresarial

Não manter a contabilidade de uma empresa organizada pode fazer com que ela, seus sócios e administradores sejam punidos por lei. Os motivos que levam a isso podem ser muitos: falta de tempo para apurar e controlar tributos, problemas com contratação e demissão de funcionários, negócios não previstos no contrato social, não seriedade em relação às documentações exigidas em cada atividade, falta de pagamento de impostos e muitos outros fatores.

E, para que problemas como estes sejam amenizados e até mesmo evitados, recomenda-se que as empresas terceirizem serviços contábeis. Considerada como a “alma do negócio”, a contabilidade é cada dia mais importante no dia-a-dia das empresas. “Levando em conta que as empresas que prestam serviços contábeis tendem a estar mais atualizadas e familiarizadas com as mudanças da legislação e obrigações que são implementadas pelos órgãos reguladores, os serviços por elas prestados tende a proporcionar maior segurança às empresas”, afirma o contador Gilmar Rissardi, da Bilanz Gestão Contábil

De acordo com estudos realizados pelo Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - o serviço contábil é o mais procurado entre os empreendedores brasileiros. Para o contador Gilmar Rissardi, que está à frente da empresa curitibana Bilanz Gestão Contábil, a eficiência da Receita Federal implica em que as empresas procurem contratar profissionais especializados para cuidar de sua contabilidade.

“Com a correria do dia-a-dia é difícil que os empresários dediquem tempo suficiente para acompanhar de perto toda a estruturação contábil de uma empresa. Para isso, existem os serviços dos contadores, que participam e organizam, sempre com o acompanhamento dos empresários, de todas as etapas da empresa, desde a sua constituição, planejamento tributário, implantação de softwares corporativos, controles internos e muitos outros serviços necessários para uma boa operacionalização da empresa”, comenta Gilmar Rissardi.

No Brasil já houveram casos de empresas que não se preocuparam efetivamente com a organização de sua contabilidade e, por motivos diversos, acabaram com problemas junto aos órgãos reguladores. A advogada Inaiá Queiroz Botelho, da JB Advocacia Empresarial, alerta para algumas dificuldades que podem acontecer caso as empresas tenham problemas com os dados contábeis. “Os riscos da atividade empresarial são potencializados pela falta de organização contábil. É comum ver empresários sérios e responsáveis que acabam sendo autuados e multados pelo Fisco, e algumas vezes até indiciados por crimes fiscais, em decorrência de erros e orientações incorretas passadas por profissionais contábeis irresponsáveis e desatualizados.” Por isso, ressalta a advogada: “todo cuidado é pouco antes de contratar um profissional contador”, devendo o empresário cercar-se de bons profissionais a fim de evitar futuros aborrecimentos, “mesmo que isso custe um pouco mais caro” finaliza. 

Desde que feita de forma responsável e correta, a contabilidade reflete a realidade de uma empresa e desobriga os empresários e contadores de responderem com bens pessoais em processos diversos. Os serviços de contabilidade devem ser vistos pelas empresas como ferramenta de gestão para conquistar bons resultados e ser bem sucedido no negócio.

Fonte: Paranashop